Efeito da Proteína Alimentar na Massa Livre de Gordura em Indivíduos Treinados contra a Resistência com Restrição Energética: Uma Revisão Sistemática Atualizada com Meta-Regressão


O estudo investigou como a ingestão de proteínas afeta a manutenção da massa magra (massa livre de gordura) em pessoas que realizam treinamento contra a resistência enquanto seguem uma dieta com restrição calórica para perder gordura corporal. A pesquisa revisou 29 estudos científicos, analisando dados de homens e mulheres não obesos que praticavam musculação por pelo menos três meses.

O objetivo era entender a relação entre o consumo diário de proteína e as mudanças na composição corporal, além de avaliar se fatores como a duração da dieta, o nível de déficit calórico, o percentual de gordura corporal e o sexo dos participantes influenciavam essa relação.

Os resultados mostraram que existe uma relação linear entre a quantidade de proteína consumida e a preservação da massa magra. Isso significa que, à medida que a ingestão de proteínas aumenta, há uma maior preservação muscular durante a perda de peso. Essa relação foi mais evidente quando a proteína era calculada com base na massa magra (e não no peso total do corpo), quando a dieta durava mais de quatro semanas e em indivíduos com menor percentual de gordura corporal. Além disso, os homens parecem se beneficiar mais do aumento da ingestão proteica do que as mulheres.

O estudo recomenda que pessoas que treinam resistência e estão em restrição calórica consumam mais proteína do que as recomendações gerais para indivíduos em equilíbrio energético. A ingestão ideal para minimizar a perda muscular foi estimada entre 1,9 e 3,2 g de proteína por kg de peso corporal por dia ou 2,5 a 4,2 g de proteína por kg de massa magra por dia, dependendo das características individuais. Indivíduos mais magros podem precisar de quantidades ainda maiores para evitar o uso da proteína muscular como fonte de energia.

No entanto, os pesquisadores alertam que a preservação da massa magra não depende apenas da ingestão de proteínas. Outros fatores, como o tipo e a intensidade do treinamento de resistência, o tamanho do déficit calórico e a distribuição dos macronutrientes na dieta, também desempenham um papel importante. Além disso, restringir calorias de forma muito agressiva pode prejudicar a retenção de massa muscular, mesmo com um alto consumo de proteínas.

Por fim, o estudo sugere que mais pesquisas sejam realizadas para entender melhor as diferenças entre homens e mulheres na resposta ao consumo de proteínas, bem como a influência de diferentes tipos de treino e estratégias alimentares na manutenção da massa magra. Essas descobertas são particularmente úteis para atletas, fisiculturistas e pessoas que buscam reduzir a gordura corporal sem comprometer a musculatura.

Fonte: https://bit.ly/3XpcuF2

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.