Consumo de Aspartame Relacionado ao Atraso na Puberdade e Disfunção Mitocondrial: Evidências de Estudos em Humanos e Animais
O estudo investiga os efeitos do consumo de aspartame na puberdade e na função mitocondrial, analisando tanto dados humanos quanto experimentos com animais. O aspartame é um adoçante amplamente utilizado em produtos dietéticos e bebidas sem açúcar, mas há preocupações sobre seus possíveis impactos na saúde, especialmente durante o desenvolvimento infantil. Para compreender melhor essa questão, os pesquisadores conduziram um estudo com 858 meninas de 6 a 12 anos e realizaram testes em ratas fêmeas expostas ao adoçante desde a fase pré-natal até a fase adulta.
Nos experimentos com animais, os resultados mostraram que o aspartame afetou o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, responsável pelo controle da puberdade e da fertilidade. A exposição ao adoçante causou disfunção mitocondrial nos ovários, aumentando o estresse oxidativo e prejudicando a produção de energia celular. Isso levou a um atraso na puberdade das ratas, acompanhado por uma diminuição na produção de hormônios essenciais para o desenvolvimento sexual, como o estrogênio e a progesterona. As ratas expostas a doses mais altas apresentaram ciclos reprodutivos irregulares e danos estruturais nos ovários, indicando um potencial risco para a fertilidade a longo prazo.
Nos dados humanos, as meninas que consumiam mais aspartame apresentaram menor risco de puberdade precoce. Embora isso possa parecer positivo à primeira vista, os pesquisadores alertam que esse efeito pode estar ligado a impactos negativos na regulação hormonal e na saúde reprodutiva futura. A pesquisa sugere que o aspartame pode estar atrasando a puberdade devido a alterações hormonais e mitocondriais, levantando preocupações sobre seu consumo contínuo durante o desenvolvimento infantil.
Diante desses achados, os cientistas recomendam uma reavaliação das diretrizes de consumo de aspartame, especialmente para crianças e adolescentes. Como o estudo demonstrou impactos negativos mesmo em doses inferiores ao limite considerado seguro, os pesquisadores sugerem a necessidade de mais investigações para entender completamente os efeitos do adoçante no crescimento e na saúde reprodutiva.
Fonte: https://bit.ly/43plTQH
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