Os potenciais efeitos protetores e mecanismos do jejum nas doenças neurodegenerativas: uma revisão narrativa

O estudo revisa os potenciais efeitos protetores do jejum contra doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e outras. Ele explica que o jejum pode modificar a estrutura e a função do cérebro por meio de diferentes mecanismos metabólicos e celulares.

Uma das descobertas principais é que o jejum melhora a função cerebral ao reduzir o estresse oxidativo, a inflamação e ao estimular a autofagia, um processo que remove resíduos celulares prejudiciais. Além disso, o jejum ajuda a equilibrar a microbiota intestinal, o que pode influenciar positivamente o funcionamento do cérebro.

No Alzheimer, o jejum pode reduzir a formação de placas beta-amiloide, melhorar a energia disponível para o cérebro através da produção de corpos cetônicos e diminuir inflamações associadas à doença. Em modelos animais, ele mostrou potencial para melhorar a memória e a cognição.

No Parkinson, o jejum demonstrou proteger os neurônios produtores de dopamina, reduzindo a inflamação e modulando a microbiota intestinal. Em estudos com animais, foi observado que dietas de restrição calórica podem retardar a progressão da doença.

No caso da esclerose múltipla, o jejum pode regular o sistema imunológico, reduzindo as células inflamatórias que atacam os neurônios. Ele também estimula a regeneração da mielina, a camada protetora dos nervos, o que pode ajudar na recuperação dos pacientes.

Para o AVC e tumores cerebrais, o jejum pode reduzir os danos ao tecido cerebral ao diminuir inflamações e melhorar a resistência das células saudáveis aos tratamentos como quimioterapia e radioterapia.

Embora o jejum se mostre promissor, os pesquisadores alertam que ainda são necessários mais estudos clínicos para entender completamente sua eficácia e segurança. Pessoas idosas, diabéticas ou com condições médicas específicas devem consultar um médico antes de adotar esse tipo de abordagem. No entanto, como estratégia não farmacológica, o jejum pode ser uma ferramenta valiosa para proteger o cérebro e melhorar a qualidade de vida.

Fonte: https://bit.ly/41waz3M

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