Ingestão dietética de proteínas totais, animais e vegetais e fatores de risco cardiometabólico em pacientes com diabetes tipo 2: Usando modelos de substituição iso-energética
O estudo analisou como o consumo de proteínas – especialmente as de origem animal – e a substituição dos carboidratos por essas proteínas afetam a saúde metabólica de pessoas com e sem diabetes tipo 2. Usando dados de quase 9.000 participantes do estudo de coorte Ravansar, os pesquisadores identificaram que as proteínas de origem animal podem trazer benefícios importantes para a composição corporal e o metabolismo, enquanto os carboidratos podem estar associados a riscos aumentados de obesidade e problemas metabólicos.
Um dos principais achados foi que pessoas diabéticas que consumiram mais proteínas animais apresentaram um menor risco de obesidade e acúmulo de gordura abdominal. Isso sugere que alimentos como carnes, ovos e laticínios ajudam a manter um peso mais saudável e a reduzir a gordura na região abdominal, um fator de risco para doenças cardiovasculares. Além disso, essas proteínas são fontes ricas de nutrientes essenciais, como ferro heme, vitamina B12 e zinco, fundamentais para a saúde do cérebro, do coração e do sistema imunológico.
Outro benefício importante das proteínas animais é sua capacidade de promover maior saciedade. Comparadas aos carboidratos, as proteínas são digeridas mais lentamente, ajudando a controlar o apetite e a reduzir o consumo excessivo de calorias. Esse efeito pode explicar por que indivíduos com maior ingestão de proteínas apresentaram menor risco de obesidade. Além disso, a substituição dos carboidratos por proteínas animais demonstrou reduzir significativamente o risco de obesidade e obesidade abdominal, reforçando o papel positivo das proteínas no controle do peso.
Por outro lado, o estudo mostrou que um alto consumo de carboidratos, especialmente refinados, pode estar associado a diversos problemas metabólicos. O excesso de carboidratos pode levar a picos de glicose no sangue, favorecendo o aumento da resistência à insulina, que está diretamente ligado ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 e dislipidemia (alterações no colesterol e triglicerídeos). Além disso, esses picos de glicose podem estimular o acúmulo de gordura corporal, dificultando a perda de peso e aumentando os riscos de doenças cardiovasculares.
O estudo conclui que uma dieta com maior proporção de proteínas de origem animal e menor consumo de carboidratos pode ajudar no controle do peso, na prevenção da obesidade abdominal e na melhora dos parâmetros metabólicos, especialmente em pessoas com diabetes. No entanto, reforça-se a importância de consumir proteínas de qualidade, como carnes, ovos e laticínios, e evitar carboidratos refinados em excesso para garantir benefícios à saúde a longo prazo.
Fonte: https://bit.ly/4hsyvuu
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