Impacto do consumo de peixes na progressão da deficiência na esclerose múltipla


Um estudo sueco publicado recentemente sugere que uma dieta rica em peixes pode ajudar a retardar a progressão da esclerose múltipla (EM), uma doença autoimune incurável e muitas vezes incapacitante. Pesquisas anteriores já apontavam que os ácidos graxos ômega-3, presentes em peixes oleosos como salmão e bacalhau, podiam ajudar na prevenção da EM. Agora, os cientistas também observaram que o consumo regular de peixe pode retardar o agravamento da doença ao longo dos anos.

O estudo, conduzido pelo Instituto Karolinska, na Suécia, acompanhou mais de 2.700 pacientes com EM durante 15 anos. Os resultados mostraram que aqueles que aumentaram a ingestão de peixe após o diagnóstico apresentaram menor risco de progressão da incapacidade. Isso sugere que alterações na dieta, mesmo após a identificação da doença, podem influenciar sua evolução.

Outro achado importante foi que tanto peixes oleosos quanto magros parecem oferecer benefícios a longo prazo. Isso levou os pesquisadores a levantar a hipótese de que outros nutrientes presentes em todos os tipos de peixe, como a taurina, também podem ter um papel protetor. A taurina é um aminoácido encontrado em alimentos como ovos, leite, frutos do mar e carne, e acredita-se que tenha funções importantes no sistema nervoso.

Os resultados sugerem que diversos nutrientes presentes no peixe podem contribuir para o combate à EM. Embora os ácidos graxos ômega-3 sejam conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias, a possibilidade de que outros compostos, como a taurina, também desempenhem um papel abre novos caminhos para a pesquisa e o tratamento da doença.

A National Multiple Sclerosis Society já havia citado estudos anteriores relacionando o consumo de peixe a um menor risco de desenvolver EM. Em uma dessas pesquisas, pessoas com alto consumo de peixe tiveram um risco 45% menor de desenvolver a doença ou uma condição inicial associada.

Apesar dos resultados promissores, especialistas alertam que ainda existem muitas questões sem resposta. Não se sabe exatamente quais componentes do peixe contribuem para os efeitos benéficos, se a forma de cultivo influencia ou qual seria a quantidade ideal de consumo.

Fonte: https://bit.ly/41i2qPl

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