A relação entre a ingestão de frutas, vegetais e laticínios e dislipidemia no estudo de etapas

O estudo analisou a relação entre a alimentação e os níveis de gordura no sangue, com foco no consumo de laticínios, frutas e vegetais. O objetivo foi entender como esses grupos alimentares afetam os lipídios no sangue.

Ao avaliar mais de 19 mil adultos iranianos, os pesquisadores descobriram que o consumo de laticínios teve um impacto positivo na saúde metabólica. Quem consumia uma ou duas porções diárias de laticínios apresentou redução significativa nos triglicerídeos, uma das principais gorduras ligadas a problemas cardíacos. Esse efeito benéfico pode estar relacionado ao cálcio e outros compostos bioativos presentes nos laticínios, que ajudam a metabolizar gorduras e evitar seu acúmulo no sangue.

Por outro lado, frutas e vegetais não mostraram benefícios claros para o perfil lipídico. Na verdade, um maior consumo desses alimentos esteve associado a níveis mais elevados de triglicerídeos, o que pode representar um risco para a saúde cardiovascular. Essa descoberta contraria a ideia amplamente divulgada de que frutas e vegetais sempre melhoram os níveis de colesterol e triglicerídeos. A explicação pode estar na presença de açúcares naturais nas frutas e no efeito limitado das fibras na redução dos lipídios sanguíneos.

Além disso, enquanto alguns estudos sugerem que vegetais ajudam a reduzir o colesterol, este estudo não encontrou evidências sólidas desse efeito. O consumo de vegetais não melhorou os níveis de LDL-C ou HDL-C, e, em alguns casos, esteve associado a uma piora nos níveis de triglicerídeos. Isso sugere que a simples inclusão de mais frutas e vegetais na dieta pode não ser suficiente para melhorar a saúde do coração.

Os pesquisadores destacam que, embora frutas e vegetais tenham outros benefícios nutricionais, sua relação com os lipídios no sangue ainda é incerta. Em contrapartida, os laticínios demonstraram um efeito positivo na redução dos triglicerídeos, sugerindo que podem desempenhar um papel importante na prevenção de doenças cardiovasculares. Mais estudos são necessários para entender melhor esses impactos e orientar recomendações alimentares mais eficazes.

Fonte: https://bit.ly/3WW9boG

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