Um estudo preliminar de nutrientes relacionados ao risco de deficiência energética relativa no esporte (RED-S) em triatletas amadoras de melhor desempenho


Um estudo recente focado nos riscos nutricionais associados à Deficiência Relativa de Energia no Esporte (RED-S, na sigla em inglês) entre triatletas amadoras de alto desempenho destacou diversos aspectos preocupantes sobre sua saúde e hábitos alimentares. A pesquisa, que envolveu 20 triatletas, revelou que 30% estavam em risco de desenvolver RED-S, uma condição caracterizada pela baixa disponibilidade energética que pode levar a graves problemas de saúde. Alarmantemente, metade das participantes apresentou pelo menos um sintoma relacionado à baixa disponibilidade energética (LEA), que pode se manifestar como disfunção menstrual, desconforto gastrointestinal e maior risco de lesões.

O estudo descobriu que, embora a ingestão de macronutrientes fosse semelhante entre as participantes, aquelas com maior risco (grupo H-LEA) tendiam a consumir mais proteínas vegetais e fibras. Essa escolha alimentar, embora frequentemente considerada saudável, estava associada a uma menor densidade energética nas dietas, potencialmente agravando o risco de LEA. As implicações disso são significativas; atletas que consomem energia insuficiente podem enfrentar consequências de longo prazo, como redução da densidade óssea e problemas de fertilidade.

Além disso, o estudo destacou um problema mais amplo na ciência do esporte: a sub-representação de atletas femininas em pesquisas, o que leva à falta de diretrizes nutricionais adaptadas. Essa lacuna é crítica, pois as mulheres podem enfrentar desafios fisiológicos únicos durante o treinamento de resistência, diferentes dos enfrentados por homens. Por exemplo, atletas de resistência do sexo feminino frequentemente apresentam menor capacidade de transporte de oxigênio e são mais propensas a problemas gastrointestinais.

Os resultados sugerem que o aumento da participação de mulheres em esportes de ultra-resistência, como o triatlo, pode contribuir inadvertidamente para um aumento nos casos de RED-S. À medida que essas atletas ultrapassam seus limites, o risco de ingestão inadequada de energia torna-se mais evidente. O estudo ressalta a necessidade de maior conscientização e estratégias de intervenção para abordar esses riscos, destacando a importância de uma educação nutricional abrangente adaptada especificamente para atletas de resistência do sexo feminino.

Em resumo, embora o triatlo possa ser um esporte recompensador para as mulheres, também apresenta riscos significativos à saúde devido a potenciais deficiências energéticas. O estudo serve como um lembrete crucial da importância de uma nutrição adequada e da necessidade de mais pesquisas sobre as necessidades dietéticas específicas de atletas femininas envolvidas em esportes de alta intensidade.

Fonte: https://bit.ly/4ablnqM

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