O trauma está associado à escolha da dieta baseada em vegetais?
Um estudo recente publicado em 2024 investigou a relação entre trauma ao longo da vida, violência por parceiro íntimo (IPV) e a escolha por dietas à base de plantas, como as vegetarianas e veganas. Com dados de 1.665 participantes nos Estados Unidos, a pesquisa revelou que aqueles com histórico de IPV têm 2,31 vezes mais chances de adotar dietas à base de plantas, enquanto a exposição a traumas gerais aumenta essa probabilidade em 1,09 vezes. Embora o estudo destaque potenciais fatores como empatia desenvolvida após traumas e o desejo de autocuidado, ele também aborda aspectos mais complexos e negativos dessa relação.
Entre as descobertas, a pesquisa sugere que a escolha por dietas à base de plantas pode, em alguns casos, ser um reflexo de dificuldades emocionais decorrentes de traumas. Indivíduos que vivenciaram traumas apresentam maior risco de desenvolver transtornos mentais, como depressão, ansiedade e transtornos alimentares. Alguns podem usar dietas restritivas como uma forma de mascarar desordens alimentares ou tentar recuperar um senso de controle em suas vidas. Esses padrões podem ser interpretados como tentativas de lidar com os impactos psicológicos do trauma, mas nem sempre resultam em melhorias na saúde mental.
Outro aspecto negativo destacado foi a possibilidade de que dietas baseadas em plantas, quando associadas a traumas e transtornos mentais, possam agravar sentimentos de isolamento social. A pesquisa aponta que pessoas que seguem essas dietas frequentemente enfrentam estigmatização, julgamentos e conflitos com familiares e amigos que não compartilham das mesmas escolhas alimentares. Esses fatores podem amplificar a sensação de desconexão, especialmente para indivíduos que já lidam com os efeitos de traumas ou problemas de saúde mental.
Fonte: https://bit.ly/41TQvJ9
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