Jejum intermitente e doenças neurodegenerativas: Mecanismos moleculares e potencial terapêutico
O artigo explora a relação entre o jejum intermitente (JI) e as doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Os autores, Renjun Lv e colaboradores, destacam que as doenças neurodegenerativas representam um desafio crescente para a saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Essas condições são caracterizadas pela perda progressiva da função neuronal, levando a déficits cognitivos e físicos.
O JI é apresentado como um padrão alimentar que alterna entre períodos de jejum e alimentação. Durante o jejum, o corpo esgota suas reservas de glicogênio no fígado e começa a produzir corpos cetônicos a partir das gorduras armazenadas, resultando em um estado metabólico alterado. Esse processo desencadeia respostas adaptativas nas células do cérebro, promovendo a geração de novas sinapses e neurônios. Além disso, o JI ativa fatores de transcrição que estimulam a expressão de proteínas protetoras, impactando positivamente o metabolismo celular, o estresse oxidativo e a inflamação.
Os pesquisadores argumentam que o JI pode ter efeitos neuroprotetores significativos ao melhorar a flexibilidade metabólica e a sensibilidade à insulina, fatores essenciais na prevenção de doenças neurodegenerativas. A revisão abrange estudos em animais e humanos, enfatizando como o JI pode restaurar o equilíbrio metabólico e ativar vias anti-inflamatórias.
Os autores também diferenciam o JI da restrição calórica contínua, explicando que o jejum intermitente não apenas reduz a ingestão calórica, mas também provoca mudanças metabólicas benéficas que podem melhorar a saúde cerebral. Eles discutem diversas modalidades de JI, como o jejum em dias alternados e a alimentação restrita ao tempo.
Em resumo, o artigo sugere que o jejum intermitente pode ser uma estratégia promissora para prevenir ou tratar doenças neurodegenerativas, oferecendo novas perspectivas sobre intervenções terapêuticas que visam melhorar a saúde cerebral em populações envelhecidas.
Fonte: https://bit.ly/4ivyAP1
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