Impacto de Frutas e Vegetais na Saúde: O Que Dizem os Estudos Sobre Antioxidantes e Estresse Oxidativo

Um estudo de 2003 analisou o impacto de consumir 600 g diários de frutas e vegetais em comparação a uma dieta completamente livre desses alimentos em pessoas saudáveis não fumantes, focando nos danos oxidativos ao DNA e na capacidade antioxidante. O resultado mostrou que consumir frutas, vegetais ou suplementos equivalentes de vitaminas e minerais não alterou os níveis de dano oxidativo no DNA, a sensibilidade ao estresse oxidativo ou a expressão de genes de reparo do DNA. Isso sugere que os mecanismos antioxidantes naturais do corpo já são suficientes para proteger células sanguíneas contra espécies reativas de oxigênio em pessoas saudáveis que não estão sob alto estresse oxidativo.

Em 2004, um estudo relacionado — possivelmente uma extensão ou interpretação diferente do anterior — trouxe resultados ligeiramente mais ambíguos. Ele destacou que antioxidantes em frutas e vegetais podem influenciar o estresse oxidativo, mas os efeitos não são uniformes. A conclusão sugere que os fatores não nutritivos (como compostos bioativos) e os nutrientes em frutas e vegetais podem desempenhar algum papel, mas sua influência depende do tipo de dano molecular medido.

Esses estudos levantam dúvidas sobre os benefícios diretos de adicionar frutas e vegetais à dieta de pessoas saudáveis para melhorar as defesas antioxidantes. Uma questão interessante no desenho experimental foi o uso de açúcar simples como substituto calórico no grupo que não consumia frutas e vegetais, para manter a equivalência calórica entre os grupos. Isso cria debates, pois frutas e vegetais oferecem fibras e outros compostos que modulam os efeitos negativos do açúcar. Sem essas fibras, o grupo controle poderia estar mais vulnerável a picos de açúcar, enquanto o grupo que consumia frutas e vegetais podia compensar esses efeitos.

Os resultados apontam que os benefícios antioxidantes adicionais de frutas e vegetais são mínimos em pessoas saudáveis e sem fatores de risco evidentes, como alto estresse oxidativo.

Fonte: https://bit.ly/3DWwhVi