Engenharia reversa As estatuetas de Vênus: uma hipótese do curso de vida ecológica para a etiologia da obesidade no paleolítico
O artigo discute os efeitos negativos associados à predominância de alimentos vegetais na dieta durante o Paleolítico, especialmente no contexto do último máximo glacial. Durante esse período, mudanças ambientais forçaram as populações a depender mais de alimentos vegetais, reduzindo a disponibilidade de proteínas de origem animal, o que desencadeou uma série de impactos metabólicos e biológicos.
1. Redução do consumo de proteínas
A substituição de alimentos ricos em proteínas (como carne) por vegetais, que possuem menor concentração proteica, gerou o fenômeno conhecido como "alavancagem proteica". Essa teoria sugere que, para satisfazer as necessidades mínimas de proteínas, os indivíduos consumiam mais energia total (calorias), o que levou ao aumento de peso e ao acúmulo de gordura corporal.
2. Impacto no crescimento e composição corporal
Dietas predominantemente vegetais, com baixo teor de proteínas, resultaram em uma redução no crescimento linear (altura) e no aumento proporcional do armazenamento de gordura. Isso foi especialmente prejudicial para as mulheres, já que a gordura corporal elevada pode ter surgido como um mecanismo compensatório para enfrentar condições ambientais adversas, mas também trouxe consequências metabólicas negativas.
3. Declínio na qualidade nutricional
Embora os vegetais fornecessem energia, eles eram menos eficientes em termos de suporte às necessidades metabólicas, especialmente em ambientes frios onde as demandas energéticas eram elevadas. Isso pode ter levado à desnutrição oculta, onde, apesar do consumo calórico adequado, havia déficits em nutrientes essenciais, particularmente proteínas.
4. Amplificação intergeracional de efeitos negativos
Mulheres grávidas, expostas a dietas predominantemente vegetais e com excesso de peso, transferiam um ambiente metabólico desfavorável para os fetos. Esse processo aumentava a propensão dos filhos ao acúmulo de gordura e à obesidade, criando um ciclo de amplificação intergeracional desses efeitos negativos.
5. Redução na eficiência energética
A menor proporção de proteínas na dieta exigia maior esforço metabólico para processar e utilizar os nutrientes disponíveis, resultando em menor eficiência energética e maior risco de doenças metabólicas.
Em resumo, a transição para uma dieta mais baseada em vegetais durante períodos de escassez de proteínas teve consequências adversas, promovendo aumento de gordura corporal, desaceleração do crescimento e amplificação de vulnerabilidades metabólicas, que impactaram várias gerações.
Fonte: https://bit.ly/4hucuei
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