Dieta vegetariana estrita e resultados da gravidez: uma revisão sistemática e meta-análise

O estudo analisado explora os impactos negativos das dietas vegetarianas estritas (veganas) durante a gravidez, com foco nos desfechos adversos para a saúde materna e neonatal. Entre os aspectos mais preocupantes está o aumento significativo do risco de bebês pequenos para a idade gestacional (small-for-gestational-age SGA). O risco de ter um bebê SGA foi quase triplicado entre mulheres que seguem dietas veganas, o que está associado à deficiência de nutrientes essenciais, como vitamina B12, ferro, ácidos graxos ômega-3 e iodo.

Além disso, os bebês nascidos de mães veganas apresentaram, em média, menor peso ao nascer, sendo a diferença de até 240 gramas em relação aos bebês de mães onívoras. Essas condições estão ligadas à insuficiência de nutrientes cruciais durante a gestação, comprometendo o desenvolvimento fetal.

A hipertensão gestacional e a pré-eclâmpsia, embora apresentem resultados variáveis entre os estudos, mostraram uma tendência preocupante em alguns casos, com taxas elevadas em mulheres veganas. A falta de nutrientes também se reflete em casos de anemia materna, especialmente em mulheres que não suplementam corretamente a dieta com vitamina B12 e ferro.

Outro aspecto negativo identificado foi o impacto sobre o ganho de peso gestacional. Apesar de algumas vantagens no controle do peso excessivo, o ganho insuficiente também foi observado em gestantes veganas, um fator que pode exacerbar os riscos para o feto.

Esses dados ressaltam a importância de monitoramento rigoroso, suplementação adequada e aconselhamento nutricional especializado para gestantes veganas. A ausência de planejamento e acompanhamento adequado pode resultar em graves deficiências nutricionais, afetando tanto a mãe quanto o bebê.

Embora o estudo tenha revelado a necessidade de suplementação e ajustes dietéticos para mitigar esses riscos, os resultados também sugerem lacunas na pesquisa, apontando para a necessidade de mais estudos longitudinais para entender melhor os impactos dessas dietas em diferentes populações.

Fonte: https://bit.ly/4h9DM9L