Ácido Linoleico Aumenta a Autofagia das Células Epiteliais Tubulares Renais Causada por Cristais de Monohidrato de Oxalato de Cálcio


O estudo investigou como o ácido linoleico (LA), um ácido graxo comum em óleos vegetais, nozes e sementes, pode influenciar os danos causados por pedras nos rins de oxalato de cálcio (CaOx) nas células tubulares renais. Essas pedras são o tipo mais prevalente e podem causar lesões celulares graves, como aumento de cálcio intracelular (Ca²⁺), estresse oxidativo (ERO) e morte celular.


Principais descobertas

  1. Efeito do ácido linoleico:
    O LA intensificou os danos causados pelas pedras CaOx, incluindo:

    • Aumento da apoptose (morte celular programada);
    • Maior produção de ERO, resultando em estresse oxidativo;
    • Elevação dos níveis intracelulares de Ca²⁺, agravando a inflamação;
    • Indução de autofagia (processo celular de degradação).
  2. Mecanismo molecular:
    O impacto do LA foi parcialmente regulado pela proteína MFGE8, que desempenha papel na fagocitose de células mortas e modula respostas inflamatórias. A redução de MFGE8 mostrou-se eficaz em atenuar os efeitos nocivos do LA nas células renais.

  3. Resultados em ratos:
    Experimentos com modelos animais confirmaram que dietas ricas em LA pioram os danos renais causados pelas pedras CaOx, refletindo resultados semelhantes aos testes em laboratório com células.


Implicações nutricionais

Embora o LA seja considerado um ácido graxo essencial, sua ingestão excessiva na dieta moderna pode estar ligada a doenças crônicas, como inflamação, obesidade e problemas cardiovasculares. Em indivíduos propensos a pedras nos rins, uma alta ingestão de LA pode aumentar os riscos de lesão renal.


Importância do controle dietético

O estudo destaca a importância de ajustes na dieta para prevenir a formação de pedras nos rins e reduzir a necessidade de intervenções cirúrgicas invasivas. Reduzir o consumo de alimentos ricos em LA, como óleos vegetais processados, pode ser uma estratégia útil para minimizar o impacto em pacientes com tendência a cálculos renais.


Conclusão

O ácido linoleico pode exacerbar os danos renais causados por pedras de oxalato de cálcio, mas esses efeitos podem ser mitigados por intervenções que regulam a proteína MFGE8. Mais pesquisas são necessárias para entender os mecanismos envolvidos, especialmente os metabólitos de LA que contribuem para esses danos.

Fonte: https://bit.ly/49XjcqS

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