O papel do beta-hidroxibutirato na mitigação das consequências inflamatórias e metabólicas do ácido úrico
O estudo investiga o papel do ácido úrico (AU) e do beta-hidroxibutirato (BHB) em processos inflamatórios e metabólicos. O AU, um subproduto do metabolismo de purinas e frutose, está ligado a inflamações e doenças metabólicas como gota e problemas cardiovasculares. Ele ativa o inflamassoma NLRP3, desencadeando a produção de citocinas pró-inflamatórias, além de prejudicar a função mitocondrial e a sinalização da insulina. Já o BHB, um composto produzido durante o jejum ou restrição de carboidratos, apresenta propriedades anti-inflamatórias.
Métodos e Resultados: Usando culturas de células musculares tratadas com AU e BHB, os pesquisadores observaram que o AU aumentou citocinas inflamatórias, reduziu a viabilidade celular, prejudicou a função mitocondrial, aumentou o estresse oxidativo e comprometeu a sinalização da insulina. A coadministração de BHB reverteu esses efeitos, restaurando a viabilidade celular, reduzindo marcadores inflamatórios e melhorando a sensibilidade à insulina. O BHB inibiu diretamente a ativação do inflamassoma NLRP3 e mitigou os danos mitocondriais causados pelo AU, incluindo a redução da produção de espécies reativas de oxigênio (ERO).
Além disso, o BHB demonstrou proteger as células contra danos induzidos pelo AU, aumentando a ativação de proteínas antiapoptóticas e inibindo fatores pró-apoptóticos. O BHB também restaurou a sinalização da insulina, melhorando os níveis de proteínas como pAkt e pGSK3β, fundamentais no metabolismo energético. Essa restauração é relevante para condições como resistência à insulina, um precursor do diabetes tipo 2.
Conclusões: O estudo conclui que o AU promove inflamação, disfunção mitocondrial e resistência à insulina, mas o BHB tem potencial terapêutico para reverter esses danos. Esses achados posicionam o BHB como um candidato promissor para tratar distúrbios metabólicos como síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. No entanto, são necessárias mais pesquisas, incluindo estudos em modelos animais e humanos, para validar os benefícios clínicos do BHB.
Fonte: https://bit.ly/41hDlFA
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