Emulsão lipídica de óleo de peixe comparada com emulsão lipídica de óleo de soja em pacientes pediátricos com colestase associada à nutrição parenteral: um estudo de custo-efetividade
Um estudo recente comparou os efeitos do uso de emulsões lipídicas à base de óleo de peixe (FOLE) e óleo de soja (SOLE) em crianças com colestase associada à nutrição parenteral (PNAC). A pesquisa destacou os benefícios clínicos e econômicos da FOLE em relação à SOLE, enfatizando os riscos associados ao uso do óleo de soja.
As crianças tratadas com FOLE apresentaram maior probabilidade de resolver a PNAC e menor necessidade de transplante de fígado, em comparação com aquelas que receberam SOLE. Isso reflete a toxicidade hepática frequentemente associada ao óleo de soja, que contém altos níveis de ácidos graxos ômega-6 e fitoesterois, substâncias que podem promover inflamação e estresse oxidativo no fígado.
Os dados do estudo mostraram que o custo total associado à FOLE foi significativamente menor (US$ 69.847) em comparação ao SOLE (US$ 141.605). Essa economia, de aproximadamente US$ 71.757 por paciente, deve-se à redução nos transplantes de fígado (-15,7%) e em eventos adversos (-4,8%). Além disso, a qualidade de vida dos pacientes tratados com FOLE foi melhorada, com ganhos em anos de vida ajustados pela qualidade.
O estudo também utilizou um modelo de simulação que reforçou a robustez dos resultados, indicando que a FOLE permaneceu mais eficaz e menos onerosa em diferentes cenários. Esses achados são consistentes com outras pesquisas que apontam os benefícios dos ácidos graxos ômega-3, presentes no óleo de peixe, em reduzir inflamações e melhorar a função hepática.
Apesar de limitações metodológicas, como a falta de dados longitudinais detalhados sobre eventos adversos e mortalidade em crianças com PNAC, os resultados confirmam que a FOLE não apenas melhora os desfechos clínicos, mas também reduz custos, enquanto o óleo de soja apresenta maior risco de complicações graves. Assim, o estudo sugere que o uso de FOLE é uma estratégia superior e mais segura para crianças dependentes de nutrição parenteral.
Fonte: https://bit.ly/4gLy8KQ
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