Efeito do jejum intermitente nos parâmetros imunológicos e na inflamação intestinal


O artigo analisa os impactos do jejum intermitente (JI) em parâmetros imunológicos e na inflamação intestinal, com foco em doenças inflamatórias intestinais (DII) como a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Ele revisa estudos em humanos e animais, explorando jejum intermitente de alimentação com tempo restrito (time-restricted feeding TRF) e jejum em dias alternados (alternate day fasting ADF).

Principais descobertas:

  1. Efeitos em animais: O JI mostrou melhorar a inflamação intestinal em modelos de colite induzida quimicamente, com redução de marcadores inflamatórios como IL-1β e TNF-α, e melhora na composição da microbiota intestinal.
  2. Efeitos em humanos saudáveis: Em pessoas saudáveis, o JI reduziu níveis de proteína C-reativa (PCR) e outros marcadores inflamatórios, além de beneficiar a microbiota intestinal, aumentando a diversidade microbiana e melhorando a proporção de bactérias benéficas.
  3. Circadianos: O JI ajuda a sincronizar ritmos circadianos, o que pode ser benéfico para a saúde metabólica e inflamatória.
  4. Estudos sobre o Ramadan: Este tipo específico de jejum mostrou poucos efeitos em pacientes com DII e, em alguns casos, aumento da atividade da doença.


Mecanismos propostos: Durante o jejum, o metabolismo muda para a queima de ácidos graxos, gerando corpos cetônicos, que têm propriedades anti-inflamatórias. O JI também regula vias de sinalização inflamatórias, reduzindo a atividade de NF-κB, e promove a regeneração da barreira intestinal.

Conclusão: Embora os benefícios do JI sejam promissores, especialmente em modelos animais e em indivíduos saudáveis, ainda faltam estudos robustos em pacientes com DII. A adesão e a segurança precisam ser avaliadas cuidadosamente, pois estratégias como o JI podem complementar, mas não substituir, terapias convencionais.

Fonte: https://bit.ly/3CLAXwP

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