Dimensionamento metabólico, compensações na alocação de energia e a evolução do metabolismo único dos humanos


O estudo ressalta a importância da carne e de outros alimentos de alta qualidade na evolução do metabolismo humano. Ao longo da evolução, os humanos desenvolveram taxas metabólicas excepcionalmente altas, sustentadas por adaptações que permitiram superar os limites de energia enfrentados por outros primatas. Um dos fatores críticos para isso foi a inclusão de carne e outros alimentos ricos em nutrientes na dieta.

A carne, como fonte concentrada de proteínas e calorias, foi fundamental para alimentar cérebros maiores, acelerar taxas reprodutivas e prolongar a longevidade. Dietas ricas em carne reduziram a dependência de grandes quantidades de alimentos fibrosos e de baixa qualidade que demandam mais tempo e energia para digestão. Isso liberou energia para outras funções importantes, como o crescimento do cérebro, que consome cerca de 20% do metabolismo basal humano.

Além disso, o consumo de carne foi facilitado por inovações comportamentais, como a caça cooperativa e o processamento de alimentos, incluindo o uso do fogo para cozinhar. O cozimento aumentou ainda mais a disponibilidade de energia, tornando nutrientes mais acessíveis e reduzindo os custos digestivos. Essas práticas também permitiram maior compartilhamento de alimentos, beneficiando indivíduos mais jovens e idosos, o que aumentou o sucesso reprodutivo e a coesão social.

Assim, a carne desempenhou um papel crucial ao fornecer a energia necessária para sustentar atividades físicas intensas, cérebros maiores e períodos de gestação e lactação mais longos. Essa mudança dietética foi uma das bases para a evolução do metabolismo único dos humanos, destacando a importância de alimentos de alta densidade energética na história evolutiva da nossa espécie.

Fonte: https://bit.ly/4gdhdAE

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