Associações cotidianas entre testosterona, desejo sexual e esforços de namoro em homens jovens

O estudo investiga a relação entre os níveis de testosterona e o desejo sexual em homens, questionando a crença comum de que a testosterona regula a libido. Os pesquisadores mediram as concentrações diárias de testosterona em 41 homens adultos, juntamente com autorrelatos diários de desejo sexual, resultando em 759 observações.

Os resultados mostraram que as flutuações diárias na testosterona não estão significativamente associadas a mudanças no desejo sexual. Em outras palavras, um aumento nos níveis de testosterona em um dia não se traduziu em um aumento correspondente no desejo sexual naquele mesmo dia. Essa conclusão é consistente com estudos anteriores que também não encontraram correlações positivas entre testosterona e desejo sexual. A pesquisa revelou que homens com níveis mais altos de testosterona em média não relataram um desejo sexual mais elevado.

Os pesquisadores também analisaram a relação entre testosterona e o esforço de cortejo, descobrindo que, em dias em que homens solteiros interagiram com potenciais parceiros românticos, o esforço de cortejo foi maior quando os níveis de testosterona estavam mais altos. No entanto, a relação entre testosterona e esforço de cortejo não foi observada em todos os dias, sugerindo que as oportunidades de cortejo influenciam essa associação.

A pesquisa também destaca que a testosterona pode não aumentar o desejo sexual acima de um certo nível considerado normal. Em geral, os achados apoiam a ideia de que a testosterona em níveis normais não regula diretamente o desejo sexual, mas pode estar mais relacionada aos esforços de cortejo, especialmente entre homens solteiros.

Embora o estudo tenha limitações, como a amostra restrita a estudantes universitários, os resultados sugerem que flutuações normais na testosterona não preveem mudanças no desejo sexual. Além disso, os pesquisadores enfatizam a necessidade de mais estudos para explorar como a testosterona pode influenciar o comportamento de cortejo e para entender melhor as complexidades dessa relação. Em resumo, a pesquisa indica que, enquanto a testosterona não parece afetar o desejo sexual diretamente, ela pode desempenhar um papel no comportamento de cortejo em determinadas circunstâncias.

Fonte: https://bit.ly/3VgAHMK