Tempo Ganho para Doença Cardiovascular por Terapia Intensiva de Redução de Lipídios: Resultados de Ensaios Individuais Controlados por Placebo e Efeitos Agrupados
O estudo analisou o impacto de terapias intensivas de redução de lipídios (colesterol LDL) em comparação com abordagens padrão, avaliando a eficácia na prevenção de doenças cardiovasculares, como infartos, AVCs e mortalidade geral. Ele utilizou dados de 11 ensaios clínicos envolvendo mais de 100.000 pacientes ao longo de períodos de 2 a 5 anos.
Principais Resultados:
1. Redução de Riscos Cardiovasculares:
- Após 5 anos de tratamento intensivo, houve uma diminuição de 2,4% nos eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) e 1,5% no risco de infarto do miocárdio.
- Para AVCs, a redução foi menor, de apenas 0,6%.
2. Tempo Ganho (Postergado):
- A terapia intensiva atrasou a ocorrência de eventos cardiovasculares em cerca de 23,5 dias para MACE e 14,6 dias para infartos, após 5 anos de tratamento.
- Para AVCs, o atraso médio foi de apenas 5,3 dias.
3. Mortalidade Geral:
- Não houve diferença significativa na mortalidade geral, indicando que a terapia intensiva não aumentou a expectativa de vida.
Implicações Práticas: Os benefícios absolutos da terapia intensiva foram modestos, especialmente em relação ao atraso na ocorrência de eventos cardiovasculares. Isso sugere que, apesar de reduzirem os níveis de colesterol LDL, essas terapias oferecem ganhos clínicos limitados em termos de prevenção de eventos graves. Por exemplo, em 100 pacientes tratados, dois evitariam eventos cardíacos em 5 anos, e os eventos seriam adiados em poucas semanas.
Relevância para Pacientes: Pacientes devem discutir cuidadosamente os benefícios e limitações dessas terapias com seus médicos. A decisão de optar por tratamentos mais agressivos deve considerar as preferências pessoais, já que os benefícios absolutos podem não justificar os custos, possíveis efeitos colaterais ou complexidade do regime terapêutico.
Em resumo, embora eficazes na redução relativa de riscos, os ganhos absolutos e clínicos são limitados, o que reforça a importância de decisões personalizadas no tratamento.
Fonte: https://bit.ly/3YYCh6Z
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