Prevenir e controlar a deficiência de zinco ao longo da vida: um apelo à ação


No contexto da deficiência de zinco, um micronutriente vital, o consumo de alimentos de origem vegetal pode impactar negativamente a absorção desse nutriente essencial. Embora os vegetais possam contribuir para uma dieta nutritiva, muitos alimentos vegetais contêm fatores antinutricionais, como fitatos, que reduzem a biodisponibilidade do zinco, tornando-o menos disponível para o corpo humano. Esse fenômeno é particularmente importante em países onde a dieta baseia-se fortemente em grãos e leguminosas, e onde a suplementação de zinco é limitada.

Outro fator relevante é o impacto das mudanças climáticas sobre a qualidade nutricional dos alimentos vegetais. Pesquisas indicam que o aumento de CO2 atmosférico previsto para o futuro pode diminuir a concentração de zinco em diversas culturas alimentares essenciais, como trigo e arroz, o que agravaria ainda mais a deficiência de zinco em populações dependentes desses alimentos. Esse “penalidade de nutrientes” devido às alterações climáticas projeta uma diminuição global na disponibilidade de zinco e outros minerais importantes em até 14% até 2050, criando desafios adicionais para assegurar a nutrição adequada em dietas baseadas em vegetais.

A deficiência de zinco associada ao consumo de alimentos vegetais também contribui para problemas de saúde pública. O zinco desempenha papéis cruciais no metabolismo, no sistema imunológico e na regulação de glicose no sangue. Sua deficiência pode aumentar a incidência de doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares, ao longo da vida. Assim, estratégias como a biofortificação de culturas (adição de zinco às plantas) são essenciais para mitigar esses impactos e melhorar a absorção de zinco em dietas predominantemente vegetais.

Em resumo, a predominância de alimentos vegetais em dietas com baixa diversidade nutricional pode agravar deficiências críticas como a de zinco. Para contornar esses efeitos, é necessária uma combinação de intervenções, como fortificação de alimentos e biofortificação, para assegurar a ingestão adequada de zinco e minimizar as consequências de longo prazo para a saúde.

Fonte: https://bit.ly/4hvjdFL

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