Exposição ao racionamento de açúcar nos primeiros 1000 dias de vida protegeu contra doenças crônicas


O estudo examina como a exposição ao racionamento de açúcar nos primeiros 1000 dias de vida, desde a concepção até os dois anos de idade, pode impactar a saúde ao longo da vida. Esse período inicial é crucial para o desenvolvimento e a saúde futura, e a ingestão elevada de açúcar tem sido associada a problemas como diabetes tipo 2 e hipertensão. Nos Estados Unidos, mesmo com recomendações para evitar açúcares adicionados em crianças pequenas, o consumo de açúcar em mulheres grávidas e lactantes, bem como em crianças, é consideravelmente alto.

Para avaliar os efeitos do consumo limitado de açúcar, os pesquisadores analisaram dados de pessoas nascidas no Reino Unido em torno do fim do racionamento de açúcar, em 1953. Durante o racionamento, a ingestão de açúcar era reduzida, próxima às diretrizes atuais, mas, com o fim dessa restrição, o consumo dobrou rapidamente. Assim, o estudo comparou adultos que foram expostos ao racionamento em seus primeiros anos de vida com aqueles que não foram, observando taxas de doenças crônicas ao longo das décadas.

Os resultados mostraram que a exposição ao racionamento reduziu em cerca de 35% o risco de diabetes tipo 2 e em 20% o de hipertensão. Além disso, o início dessas doenças foi adiado em aproximadamente quatro e dois anos, respectivamente, para aqueles que tiveram restrição de açúcar nos primeiros anos. Essa proteção foi observada mesmo quando o racionamento ocorreu apenas durante a gestação, embora os efeitos fossem mais fortes com a restrição estendida até a infância.

Os pesquisadores sugerem que a exposição precoce ao açúcar pode afetar a saúde ao promover uma preferência para alimentos doces, levando a um consumo maior ao longo da vida. Limitar o açúcar em crianças pequenas pode, portanto, ter benefícios significativos na prevenção de doenças metabólicas crônicas. Essa descoberta destaca a importância de políticas e diretrizes de consumo de açúcar, especialmente para mulheres grávidas e crianças, para reduzir riscos à saúde em longo prazo.

Fonte: https://bit.ly/3NWqcdu

*Estudo completo disponível na newsletter.

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