Associações transversais entre o consumo de frutas e vegetais e o envelhecimento bem-sucedido em 6 países: conclusões do Estudo da OMS sobre o envelhecimento global e a saúde dos adultos (SAGE)
O estudo revelou que, em alguns países de baixa e média renda, o consumo elevado de frutas e vegetais pode ter efeitos inesperadamente negativos no envelhecimento saudável. Os dados mostraram uma relação contraditória em certas regiões, como China e Gana, onde o aumento no consumo de frutas foi associado a um envelhecimento menos saudável. Além disso, na China, o consumo elevado de vegetais também esteve ligado a resultados negativos no envelhecimento.
Essas associações podem parecer surpreendentes, especialmente porque, em países de alta renda, o consumo de frutas e vegetais geralmente é considerado um pilar de uma dieta saudável e está ligado a menores riscos de doenças crônicas. No entanto, o estudo sugere que esses efeitos negativos podem ser influenciados por diversos fatores socioeconômicos e culturais presentes nos países em transição econômica.
Uma das possíveis explicações é que o maior consumo de vegetais pode refletir uma dieta menos diversificada, comum em áreas rurais e de menor renda. Nessas regiões, a dieta tende a ser baseada em alimentos básicos, como grãos e tubérculos, e o consumo de vegetais pode ser uma tentativa de compensar a falta de outros nutrientes importantes, como proteínas de qualidade e gorduras saudáveis. Além disso, em alguns casos, os vegetais consumidos podem ter baixa qualidade nutricional ou estar contaminados por pesticidas e metais pesados, devido a práticas agrícolas inadequadas e ao uso de águas poluídas para irrigação.
Outro ponto levantado é que o consumo elevado de frutas em certos contextos pode aumentar a ingestão de açúcar natural, o que, em pessoas com alto risco de doenças metabólicas, como diabetes, pode contribuir para o pior controle da glicose no sangue. Além disso, em países onde o acesso a frutas frescas e variadas é limitado, as opções disponíveis muitas vezes são ricas em amido ou açúcar, como bananas e batatas, que podem não oferecer os mesmos benefícios nutricionais de outras frutas.
Esses achados destacam a necessidade de uma abordagem personalizada para a recomendação dietética, considerando o contexto socioeconômico e cultural de cada região. Em vez de promover o aumento generalizado do consumo de frutas e vegetais, pode ser mais eficaz focar na melhoria da diversidade e qualidade dos alimentos consumidos, especialmente em países em desenvolvimento, onde as condições de vida e as práticas agrícolas podem afetar negativamente o valor nutricional dos alimentos.
O estudo conclui que, sem uma avaliação cuidadosa do contexto local, intervenções nutricionais que simplesmente incentivem o aumento de frutas e vegetais podem não ser eficazes e, em alguns casos, podem até ter consequências indesejadas para o envelhecimento saudável.
Fonte: https://bit.ly/4fvADk4
Essas associações podem parecer surpreendentes, especialmente porque, em países de alta renda, o consumo de frutas e vegetais geralmente é considerado um pilar de uma dieta saudável e está ligado a menores riscos de doenças crônicas. No entanto, o estudo sugere que esses efeitos negativos podem ser influenciados por diversos fatores socioeconômicos e culturais presentes nos países em transição econômica.
Uma das possíveis explicações é que o maior consumo de vegetais pode refletir uma dieta menos diversificada, comum em áreas rurais e de menor renda. Nessas regiões, a dieta tende a ser baseada em alimentos básicos, como grãos e tubérculos, e o consumo de vegetais pode ser uma tentativa de compensar a falta de outros nutrientes importantes, como proteínas de qualidade e gorduras saudáveis. Além disso, em alguns casos, os vegetais consumidos podem ter baixa qualidade nutricional ou estar contaminados por pesticidas e metais pesados, devido a práticas agrícolas inadequadas e ao uso de águas poluídas para irrigação.
Outro ponto levantado é que o consumo elevado de frutas em certos contextos pode aumentar a ingestão de açúcar natural, o que, em pessoas com alto risco de doenças metabólicas, como diabetes, pode contribuir para o pior controle da glicose no sangue. Além disso, em países onde o acesso a frutas frescas e variadas é limitado, as opções disponíveis muitas vezes são ricas em amido ou açúcar, como bananas e batatas, que podem não oferecer os mesmos benefícios nutricionais de outras frutas.
Esses achados destacam a necessidade de uma abordagem personalizada para a recomendação dietética, considerando o contexto socioeconômico e cultural de cada região. Em vez de promover o aumento generalizado do consumo de frutas e vegetais, pode ser mais eficaz focar na melhoria da diversidade e qualidade dos alimentos consumidos, especialmente em países em desenvolvimento, onde as condições de vida e as práticas agrícolas podem afetar negativamente o valor nutricional dos alimentos.
O estudo conclui que, sem uma avaliação cuidadosa do contexto local, intervenções nutricionais que simplesmente incentivem o aumento de frutas e vegetais podem não ser eficazes e, em alguns casos, podem até ter consequências indesejadas para o envelhecimento saudável.
Fonte: https://bit.ly/4fvADk4
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