Alta ingestão de leite, mas não de carne, aumenta a insulina s e a resistência à insulina em meninos de 8 anos
O estudo conduzido por Hoppe et al. investiga como a ingestão de proteínas animais provenientes de leite e carne afeta a insulina e a resistência à insulina em meninos saudáveis de 8 anos. O foco é entender se o alto consumo de proteínas animais aumenta a concentração de insulina no sangue e a resistência à insulina, fatores ligados ao desenvolvimento de diabetes tipo 2.
Participaram 24 meninos que consumiram uma dieta com proteínas provenientes exclusivamente de leite ou carne durante uma semana. Ao final, observou-se que os meninos que consumiram leite apresentaram um aumento significativo na insulina em jejum e na resistência à insulina. Em contraste, o grupo que ingeriu carne não mostrou elevação nos níveis de insulina ou resistência à insulina.
Essa resposta inesperada do leite é atribuída a um componente do leite que estimula a secreção de insulina de forma diferente dos carboidratos. Além disso, o aumento da insulina não foi causado pelos aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) presentes no leite e na carne, indicando que o efeito insulinotrópico do leite pode ser devido a outros componentes ainda desconhecidos.
A longo prazo, não se sabe as consequências do aumento de insulina e resistência à insulina causado pelo leite em crianças. No entanto, os autores sugerem que, em crianças em fase de crescimento, essa resposta poderia até ter um efeito protetor. Eles ressaltam a necessidade de mais estudos para compreender o impacto do consumo de proteínas de diferentes fontes no metabolismo de glicose e insulina em crianças e as possíveis implicações futuras desses efeitos.
Fonte: https://go.nature.com/3Yz07Ww
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