A supernutrição causa resistência à insulina e distúrbios metabólicos por meio do aumento da atividade do sistema nervoso simpático


O estudo evidencia como a superalimentação, principalmente por meio de dietas ricas em carboidratos e gorduras, está fortemente ligada à resistência à insulina e a distúrbios metabólicos. A ingestão excessiva de carboidratos eleva significativamente os níveis de glicose e insulina no sangue, o que desencadeia disfunções no tecido adiposo e contribui para o desenvolvimento precoce da resistência à insulina. É importante notar que esse processo ocorre rapidamente, mesmo antes de um aumento considerável no peso corporal, sugerindo que o impacto negativo da dieta rica em carboidratos vai além da obesidade em si.

A resistência à insulina resulta da incapacidade do organismo em utilizar a insulina de forma eficiente, levando a níveis elevados de glicose no sangue. Esse desequilíbrio estimula o sistema nervoso simpático (SNS), que é responsável pela regulação da lipólise — o processo de quebra de gorduras. Com o aumento da atividade simpática, o corpo passa a liberar mais ácidos graxos livres, o que agrava ainda mais a resistência à insulina e prejudica a função do tecido adiposo. Em última análise, isso pode resultar em condições graves, como diabetes tipo 2, doença hepática gordurosa e inflamação crônica.

Reduzir a ingestão de carboidratos surge como uma estratégia eficaz para mitigar esses efeitos. Uma dieta com baixo teor de carboidratos diminui os picos de glicose e insulina, ajudando a evitar a sobrecarga do SNS e, consequentemente, reduzindo a lipólise descontrolada no tecido adiposo. Com menos ácidos graxos livres sendo liberados, a sensibilidade à insulina é mantida, o que protege o corpo de distúrbios metabólicos. Estudos sugerem que uma dieta com baixo teor de carboidratos pode ser eficaz em melhorar a tolerância à glicose e reduzir a gordura acumulada no fígado, prevenindo o desenvolvimento de condições metabólicas graves.

Além disso, a redução de carboidratos na dieta tem mostrado benefícios em diversos estudos ao melhorar a resposta do corpo à insulina sem necessitar de uma perda significativa de peso. Ao reduzir a carga glicêmica das refeições, há uma melhora no controle dos níveis de açúcar no sangue e uma diminuição da inflamação sistêmica associada ao consumo excessivo de carboidratos. Isso não apenas melhora a saúde metabólica geral, mas também reduz o risco de complicações a longo prazo associadas à obesidade e ao diabetes.

Portanto, o consumo controlado de carboidratos é uma peça central na prevenção e controle da resistência à insulina. Uma abordagem alimentar focada em minimizar o consumo de carboidratos, aliada a outras intervenções nutricionais, pode ser crucial para evitar a progressão de doenças metabólicas, melhorar a função da insulina e promover uma saúde de longo prazo.

Fonte: https://bit.ly/4dQILtW

*Estudo completo disponível na newsletter.

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