A redução da duração do sono prejudica a estimulação adrenérgica da lipólise do tecido adiposo em mulheres na pós-menopausa
Este estudo explora como a redução do tempo de sono impacta a capacidade do tecido adiposo de realizar lipólise (queima de gordura) em mulheres pós-menopáusicas. A pesquisa foi feita com nove participantes, analisando amostras de gordura após 4 noites de sono normal e de sono reduzido em 40%. Os cientistas mediram a secreção de glicerol (indicador de lipólise) e avaliaram a resposta das células à insulina e ao isoproterenol (um estimulante da queima de gordura). Além disso, analisaram alterações no RNA para ver mudanças na expressão de genes.
Os resultados mostram que, com sono reduzido, houve uma diminuição na secreção basal de glicerol e uma resposta mais fraca ao isoproterenol. Isso sugere que a capacidade das células de "queimar gordura" foi comprometida. Além disso, a insulina, que normalmente inibe a lipólise, manteve seu efeito, o que indica que a sensibilidade do tecido à insulina não foi alterada pelo sono reduzido. Em termos genéticos, houve um aumento na atividade de genes ligados ao armazenamento de gordura e ao metabolismo de ácidos graxos, o que pode contribuir para o acúmulo de gordura ao longo do tempo.
Essa pesquisa é relevante porque mostra que dormir menos pode aumentar a tendência ao ganho de peso em mulheres após a menopausa, mesmo sem mudanças na dieta. Esse achado sugere que intervenções focadas na melhoria do sono poderiam ajudar a mitigar o acúmulo de gordura abdominal, que é um fator de risco para doenças cardiovasculares e metabólicas nessa fase da vida.
Estudos futuros são necessários para entender melhor como a perda de sono afeta o metabolismo de gorduras em outras populações e se intervenções para aumentar a duração do sono podem ajudar a reduzir esses riscos de maneira efetiva.
Fonte: https://bit.ly/4hlD6z7
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