A influência de uma dieta vegana na composição corporal, desempenho e ciclo menstrual em mulheres jovens com treinamento recreativo – um estudo controlado de 12 semanas


O estudo investigou como a mudança para uma dieta vegana afetou negativamente a composição corporal, o desempenho físico e o ciclo menstrual de jovens mulheres que treinam recreacionalmente. Ao longo de 12 semanas, as participantes, inicialmente comendo de forma onívora, mudaram para uma alimentação vegana sem carne, laticínios ou qualquer outro produto de origem animal, seguindo orientações gerais de uma nutricionista, mas sem controle rigoroso de macronutrientes.

Os resultados mostraram que, ao adotar a dieta vegana, houve uma queda significativa na ingestão de proteínas. Esse déficit levou a uma leve perda de massa muscular esquelética (MMS) e de peso corporal. Para mulheres que treinam, a proteína é essencial para manter a musculatura, e, como as proteínas vegetais não têm todos os aminoácidos necessários com a mesma facilidade das fontes animais, essa redução impactou a capacidade das participantes de manter sua massa muscular. A dificuldade de combinar os alimentos corretamente para atingir o nível proteico adequado foi apontada como um desafio.

Além disso, o desempenho físico foi afetado. O estudo notou uma queda na capacidade de salto das participantes, sugerindo uma perda de potência explosiva. Embora a força nas pernas, medida pelo agachamento, não tenha caído, a menor altura de salto indica que a transição para a dieta vegana, sem o suporte completo de nutrientes, pode reduzir a energia e a potência em atividades físicas que exigem explosão muscular.

Quanto ao ciclo menstrual, a maioria das participantes manteve seus ciclos regulares, mas uma delas relatou ausência de menstruação no final do estudo, o que pode indicar um sinal precoce de deficiência de energia ou alterações hormonais, comuns em dietas restritivas. A falta de nutrientes específicos na dieta vegana pode impactar a produção hormonal e o ciclo menstrual, especialmente se não houver acompanhamento detalhado da dieta e ajuste nas porções para compensar a falta de produtos de origem animal.

Em resumo, a pesquisa sugere que a mudança para uma dieta vegana pode ser desafiadora para mulheres que treinam regularmente, pois exige cuidado e planejamento para manter a ingestão proteica e evitar impactos negativos na musculatura e na energia. A orientação de um nutricionista é fundamental, mas, para praticantes de atividade física, a adaptação pode ser complicada sem monitoramento constante.

Fonte: https://bit.ly/4eeMxxz

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