Uma dieta rica em proteínas e com restrição energética contendo 4 porções de carne bovina fresca e magra por dia não influencia negativamente os miRNAs circulantes associados ao risco de doença cardiometabólica


Este estudo analisou o impacto de dietas com restrição de calorias e diferentes quantidades de proteína na expressão de miRNAs, moléculas que podem estar ligadas ao risco de doenças cardiometabólicas, em mulheres com sobrepeso e sem doenças crônicas. Mesmo com uma diferença de 76 g de proteína por dia entre as dietas, não houve mudanças na expressão dos miRNAs analisados. Isso sugere que o consumo de carne bovina magra em uma dieta rica em proteínas e com restrição calórica não influencia negativamente esses miRNAs.

Poucos estudos investigam se fatores alimentares afetam o risco de doenças cardíacas por meio da alteração dos miRNAs, e os existentes variam bastante em duração e abordagem dietética. Um estudo anterior de Parr et al. encontrou aumento na expressão de um miRNA relacionado à obesidade após uma intervenção mais longa, mas este estudo não observou isso, possivelmente devido à curta duração (7 dias), à diferença nas fontes de proteína (carne versus laticínios) e à ausência de análise do peso das participantes.

O estudo também destaca que diferentes alimentos podem afetar os miRNAs de maneiras distintas, e outros estudos já mostraram que os miRNAs podem ser influenciados por fatores como ácidos graxos insaturados e alimentos de origem vegetal. A falta de diferença nos miRNAs neste estudo pode estar relacionada à qualidade da proteína e ao equilíbrio energético das dietas.

Apesar de algumas limitações, como o curto período do estudo, o tamanho da amostra pequeno e a falta de medições prévias, os resultados sugerem que o consumo de carne bovina magra em uma dieta saudável e de alta proteína, por um curto período, não tem impacto negativo nos miRNAs circulantes relacionados ao risco de doenças cardiometabólicas. Estudos mais longos e detalhados são necessários para entender melhor esses efeitos a longo prazo.

Fonte: https://bit.ly/3BiOlYu

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