Qualidade nutricional de óleos de sementes selecionados disponíveis comercialmente e efeito das condições de armazenamento em sua estabilidade oxidativa


Este estudo teve como objetivo analisar a composição nutricional dos óleos de soja, canola, algodão, palma e colza, além de avaliar o efeito das condições de armazenamento na estabilidade oxidativa desses óleos. Foram estudados parâmetros como ácidos graxos, tocoferóis, tocotrienóis, compostos fenólicos, flavonoides e minerais presentes nos óleos. A análise mostrou que esses óleos contêm diferentes proporções de ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poli-insaturados, sendo o γ-tocoferol o principal antioxidante identificado. Minerais importantes como magnésio, ferro e manganês também foram encontrados em concentrações relevantes.

O estudo revelou que as condições de armazenamento, como temperatura e presença de luz, têm um impacto significativo na oxidação dos óleos, que pode levar à degradação de sua qualidade ao longo de 90 dias. Óleos ricos em ácidos graxos poli-insaturados, como o óleo de soja, são particularmente mais suscetíveis à oxidação, enquanto óleos com maiores teores de ácido oleico, como o de canola, mostraram maior estabilidade oxidativa. A oxidação lipídica é um processo químico que resulta na degradação das gorduras e óleos, formando compostos potencialmente prejudiciais à saúde, como os radicais livres e produtos de oxidação secundária, como peróxidos e aldeídos. Esses compostos podem ter impactos negativos à saúde, uma vez que os radicais livres estão associados ao aumento do risco de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, câncer e inflamação.

A exposição prolongada à luz e temperaturas mais elevadas foram os fatores que mais aceleraram a oxidação dos óleos, com o maior grau de deterioração sendo observado em amostras armazenadas a 50°C na presença de luz. Nessas condições, todos os parâmetros de oxidação, como os valores de peróxidos e ácidos graxos livres, aumentaram significativamente. A oxidação dos óleos, além de reduzir a qualidade nutricional, pode gerar compostos que afetam negativamente a saúde humana, como aldeídos tóxicos que podem provocar danos celulares e aumentar o risco de doenças degenerativas.

A oxidação dos óleos não apenas afeta o sabor e a durabilidade do produto, mas também pode levar à formação de substâncias tóxicas que, ao serem consumidas, podem gerar estresse oxidativo no corpo. O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do corpo de neutralizá-los com antioxidantes, levando a danos celulares e teciduais. Este processo está diretamente relacionado ao envelhecimento precoce e ao desenvolvimento de várias condições de saúde, incluindo aterosclerose, diabetes e alguns tipos de câncer.

Com base nos resultados deste estudo, fica evidente a importância de controlar rigorosamente as condições de armazenamento dos óleos comestíveis para minimizar sua oxidação e preservar sua qualidade. Óleos devem ser mantidos em temperaturas mais baixas e protegidos da luz para evitar a formação de compostos oxidantes que são prejudiciais à saúde. A pesquisa reforça que o consumo de óleos oxidados pode ser perigoso, pois a ingestão contínua de produtos que passaram por oxidação pode contribuir para processos inflamatórios e doenças crônicas, como problemas cardiovasculares e neurodegenerativos.

Fonte: https://bit.ly/4ewV6Vm

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