Ingestão alimentar e crescimento de crianças de 6 a 12 meses expostas e não expostas ao HIV na África do Sul


O estudo investiga a ingestão alimentar e o crescimento de bebês de 6 a 12 meses, expostos ao HIV (não infectados) e não expostos, em um cenário urbano da África do Sul. Um dos principais achados foi que os bebês expostos ao HIV apresentaram menor diversidade alimentar e taxas de crescimento reduzidas em comparação aos bebês não expostos, principalmente nos primeiros meses de vida. Aos 6 meses, os bebês expostos tinham escores de peso e altura menores que os não expostos, com uma prevalência maior de desnutrição e nanismo. No entanto, aos 12 meses, esses bebês conseguiram apresentar uma recuperação parcial no crescimento, demonstrando que a intervenção nutricional durante essa fase pode influenciar positivamente seu desenvolvimento.

O estudo destaca ainda o consumo de carne, um aspecto fundamental da dieta dos bebês. Aos 12 meses, o consumo de carne foi maior entre os bebês expostos ao HIV em comparação aos não expostos (24% versus 11%). Esse consumo é especialmente relevante, pois a carne é uma fonte rica em nutrientes essenciais, como ferro e vitamina B12, que são cruciais para o desenvolvimento saudável do bebê e para a prevenção de condições como a anemia. A deficiência de ferro e vitamina B12 pode comprometer o desenvolvimento cognitivo e motor das crianças, além de aumentar o risco de infecções.

Outro ponto importante é que os bebês expostos ao HIV que não eram amamentados apresentaram ingestões maiores de proteínas e micronutrientes, como a vitamina B12, em comparação aos não expostos. Essa diferença se deve ao maior consumo de alimentos de origem animal, que são mais comuns na dieta desses bebês. A proteína, presente na carne, é essencial para o fortalecimento muscular e para o desenvolvimento do sistema imunológico, enquanto a vitamina B12 é vital para o funcionamento adequado do sistema nervoso e a formação do DNA.

Portanto, o papel da carne na dieta de bebês expostos ao HIV se mostrou fundamental para garantir uma melhor ingestão de nutrientes e promover o crescimento saudável durante o período de alimentação complementar, quando a amamentação pode ser insuficiente ou interrompida. Esse estudo destaca a importância da educação nutricional e do aconselhamento para mães e cuidadores, incentivando o consumo de alimentos ricos em nutrientes, como carne, para promover o desenvolvimento infantil, especialmente em populações vulneráveis.

Fonte: https://bit.ly/3BLUgpe

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