Efeito das dietas cetogênicas no fator de crescimento semelhante à insulina (IGF)-1 em humanos: uma revisão sistemática e meta-análise
O estudo investiga o impacto das dietas cetogênicas (Ketogenic diets KDs) nos níveis do fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1) em humanos, com foco nos efeitos relacionados ao envelhecimento e ao câncer. O IGF-1 desempenha um papel crucial na regulação do crescimento celular e está associado a um risco aumentado de diversos tipos de câncer, como o de mama, próstata e cólon, além de doenças como demência, diabetes e osteoporose. Níveis elevados de IGF-1 estão ligados a maior mortalidade, enquanto níveis intermediários são associados à longevidade.
A pesquisa, que seguiu diretrizes PRISMA e incluiu uma meta-análise de 12 estudos com 522 participantes, analisou o efeito de dietas cetogênicas ad libitum (sem restrição calórica) em diferentes populações, incluindo pacientes com câncer e indivíduos saudáveis. As dietas cetogênicas, caracterizadas por alta ingestão de gordura (>55% das calorias diárias), moderada de proteínas e baixa de carboidratos (<10%), induzem cetose e foram associadas a uma redução significativa nos níveis de IGF-1 (em média, 20%), além de uma diminuição de 6% na glicose e 29% na insulina em jejum. Essas reduções foram alcançadas sem a necessidade de jejum ou restrição calórica severa, diferentemente de outras intervenções alimentares que requerem limitações mais rigorosas para atingir esses mesmos efeitos.
Os resultados sugerem que dietas cetogênicas podem ser uma intervenção promissora tanto para o controle do envelhecimento quanto como tratamento coadjuvante em terapias oncológicas, especialmente por reduzirem os níveis de IGF-1, glicose e insulina, o que poderia inibir o crescimento tumoral. No entanto, o estudo ressalta a necessidade de mais pesquisas para entender melhor os efeitos a longo prazo dessa abordagem dietética, bem como sua aplicabilidade em diferentes populações. Por fim, apesar de pequenas variações no consumo calórico não intencional, os participantes mantiveram a cetose, comprovando a adesão à dieta e sugerindo que KDs podem ser uma estratégia viável e segura no contexto clínico.
Fonte: https://bit.ly/3YnJT3B
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