Depleção nutricional de deutério e saúde: uma revisão de escopo


O artigo explora como a depleção de deutério, um isótopo natural do hidrogênio, pode impactar positivamente a saúde. O deutério é encontrado em pequenas quantidades na água e nos alimentos, mas sua concentração elevada pode afetar processos biológicos. A revisão investigou como a redução desse elemento, por meio do consumo de água e dietas com baixo teor de deutério, pode trazer benefícios, particularmente em áreas como prevenção e tratamento do câncer, melhora da memória, controle de diabetes, depressão, efeito anti-envelhecimento e desempenho esportivo.

Os estudos revisados indicam que a depleção de deutério pode inibir o crescimento de células tumorais e melhorar a eficácia de terapias anticâncer, incluindo quimioterapia. Em pacientes com câncer, o consumo de água com baixo teor de deutério foi associado a uma menor taxa de recidiva e aumento na sobrevida. Também foi observada uma redução nos níveis de glicose e uma melhora na sensibilidade à insulina em indivíduos com diabetes, sugerindo que a depleção de deutério pode ajudar no controle metabólico. Em modelos de depressão, a redução do deutério mostrou-se capaz de atenuar sintomas depressivos em ratos.

Além disso, a depleção de deutério pode melhorar a memória de longo prazo, conforme indicado por estudos em animais, e também demonstrou um efeito anti-envelhecimento ao prolongar a vida de organismos simples como o *Caenorhabditis elegans*. Há também um exemplo interessante de um atleta que, após várias tentativas fracassadas de escalar o Monte Everest com dietas ricas em carboidratos, conseguiu atingir o topo ao seguir uma dieta cetogênica com baixo teor de deutério.

Apesar dos resultados promissores, os autores enfatizam que os estudos ainda são limitados, com a maioria das evidências oriundas de experimentos em animais e poucos ensaios clínicos. Eles recomendam mais pesquisas para entender melhor os mecanismos envolvidos e para confirmar a eficácia da depleção de deutério como uma abordagem terapêutica em humanos.

Fonte: https://bit.ly/402NW6M

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