Suplementos alimentares na síndrome dos ovários policísticos – evidências atuais


O artigo discute os tratamentos farmacêuticos e o uso de suplementos alimentares para a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), que é uma condição que afeta mulheres em idade reprodutiva. Os tratamentos médicos mais comuns, como anticoncepcionais e indutores de ovulação (Clomifeno e Letrozol), têm limitações, pois não promovem a ovulação natural ou apresentam efeitos colaterais. Medicamentos como Metformina também são utilizados para melhorar a resistência à insulina, mas os resultados são inconsistentes, especialmente em mulheres não obesas.

A perda de peso e a terapia alimentar personalizada são recomendadas para mulheres com SOP e obesidade, pois perder pelo menos 5% do peso corporal pode melhorar os sintomas hormonais e restaurar a função ovariana. Além disso, suplementos como vitamina D, Coenzima Q10, N-acetilcisteína e inositol podem ajudar a regular os hormônios e reduzir a inflamação, com menos efeitos colaterais.

A vitamina D, por exemplo, é benéfica para o metabolismo da insulina e a ovulação. Já a vitamina E tem sido associada à melhora dos níveis de insulina e colesterol. Outro suplemento importante é o mio-inositol, que ajuda a regular os ciclos menstruais e a ovulação espontânea, especialmente em mulheres que estão passando por tratamentos de fertilização in vitro (FIV).

O selênio também é mencionado, com propriedades antioxidantes que podem melhorar a qualidade dos folículos ovarianos. Além disso, a pesquisa atual destaca o papel dos probióticos e prebióticos na modulação da microbiota intestinal, que afeta os perfis hormonais e metabólicos das mulheres com SOP. Esses suplementos podem ajudar a melhorar a fertilidade, reduzindo a inflamação e regulando hormônios como a insulina.

Outros suplementos discutidos incluem a Coenzima Q10, que ajuda a melhorar os níveis hormonais, e o zinco, que pode auxiliar no metabolismo da glicose. A canela é destacada por seus efeitos na redução de peso e melhora da resistência à insulina.

Por fim, o artigo enfatiza que a suplementação deve ser personalizada de acordo com as necessidades específicas de cada mulher, considerando fatores como comorbidades e saúde geral. Embora os suplementos possam trazer benefícios, ainda são necessários mais estudos clínicos em larga escala para comprovar sua eficácia e segurança no tratamento da SOP.

Fonte: https://bit.ly/3zuHNpg

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