Dietas à base de plantas – impactos do consumo de poucos ou nenhum alimento de origem animal na saúde humana
Em 2024, o mundo enfrenta crises climáticas e de biodiversidade, e o sistema alimentar é um grande contribuinte. Para alguns, a solução é simples: reduzir o consumo de alimentos de origem animal (AOAs) e aumentar os de origem vegetal (AOVs). Defensores dessa mudança acreditam que dietas baseadas em plantas beneficiarão tanto a saúde do planeta quanto a das pessoas, prevenindo doenças crônicas.
Porém, uma redução drástica nos AOAs pode agravar deficiências de micronutrientes e proteínas já prevalentes. Os benefícios das dietas à base de plantas para doenças crônicas parecem estar mais relacionados à redução de calorias, sal e ao aumento de frutas, verduras, nozes e grãos integrais, do que à eliminação de AOAs. O impacto da carne vermelha e processada na saúde é pequeno e incerto, enquanto outros AOAs, como carne de frango e ovos, não parecem afetar essas doenças. Já os frutos do mar e laticínios estão associados à proteção contra obesidade, doenças cardiovasculares, problemas cerebrais e alguns tipos de câncer.
É necessário realizar mais estudos rigorosos para avaliar a adequação de nutrientes nas dietas baseadas em plantas, com ou sem suplementação. Enquanto isso, as diretrizes alimentares devem parar de focar na exclusão da dieta de alimentos de origem animal. A evidência de que o consumo moderado de AOAs faz mal à saúde é fraca e incerta. Além disso, consumir pouca carne está ligado a problemas como anemia, crescimento infantil prejudicado, osteoporose e perda de massa muscular.
As reduções drásticas de AOAs recomendadas por muitas dietas vegetais podem piorar deficiências nutricionais, especialmente em países de baixa e média renda e em grupos vulneráveis, como mulheres, crianças e idosos. Portanto, é crucial continuar incluindo alimentos de origem vegetal e animal nas diretrizes, de forma sustentável e baseada em evidências.
Fonte: https://bit.ly/3XN6JRT
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