Dieta Carnívora e Cetogênica para o Tratamento de Doença Inflamatória Intestinal: uma Série de Casos de 10 Pacientes
O estudo "Carnivore-Ketogenic Diet for the Treatment of Inflammatory Bowel Disease" documenta a experiência de 10 pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DII), como colite ulcerativa e doença de Crohn, que adotaram uma dieta carnívora-cetogênica. Essa abordagem alimentar é composta quase exclusivamente de carnes, ovos e gorduras animais, eliminando carboidratos, fibras e alimentos processados. O objetivo foi avaliar se a dieta poderia proporcionar alívio dos sintomas e melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
Os resultados foram notáveis: todos os participantes relataram uma melhora significativa nos sintomas, incluindo redução de dor abdominal, diarreia, urgência intestinal e inflamação. Em alguns casos, os pacientes alcançaram remissão completa e conseguiram abandonar completamente os medicamentos. Os períodos de remissão variaram de meses a mais de uma década. Os relatos de bem-estar, aumento de energia e melhoria geral na qualidade de vida foram consistentes entre os participantes.
Os pesquisadores sugerem que os benefícios observados podem ser atribuídos a dois mecanismos principais. Primeiro, a eliminação de alimentos potencialmente desencadeadores de respostas imunes, como glúten e outros carboidratos complexos, reduz os fatores irritantes ao sistema digestivo. Segundo, o estado de cetose induzido pela dieta promove efeitos anti-inflamatórios e metabólicos por meio da produção de corpos cetônicos, como o beta-hidroxibutirato. Além disso, a ausência de fibras pode contribuir para aliviar a inflamação intestinal, refletindo resultados semelhantes a dietas líquidas sem fibras usadas clinicamente.
Apesar dos benefícios relatados, o estudo aponta algumas preocupações, como aumentos nos níveis de colesterol LDL em alguns pacientes, embora outros marcadores metabólicos, como redução da inflamação e melhora no peso corporal, tenham apresentado resultados positivos. Essa variação demonstra a necessidade de acompanhamento médico cuidadoso e individualizado ao adotar essa abordagem.
Os autores reconhecem as limitações do estudo, como o pequeno número de casos e o viés de seleção, já que apenas pacientes que responderam positivamente à dieta foram incluídos. Ainda assim, os resultados reforçam o potencial terapêutico de dietas cetogênicas e carnívoras no tratamento de DII, especialmente para pacientes que não encontram alívio com intervenções tradicionais.
Conclui-se que, embora promissora, essa estratégia alimentar demanda mais pesquisas rigorosas, como ensaios clínicos randomizados, para avaliar sua eficácia e segurança a longo prazo. A combinação de relatos clínicos e plausibilidade biológica abre um campo promissor para tratamentos alternativos e personalizados na gestão de DII.
Fonte: https://bit.ly/3WZQ8u4
Os resultados foram notáveis: todos os participantes relataram uma melhora significativa nos sintomas, incluindo redução de dor abdominal, diarreia, urgência intestinal e inflamação. Em alguns casos, os pacientes alcançaram remissão completa e conseguiram abandonar completamente os medicamentos. Os períodos de remissão variaram de meses a mais de uma década. Os relatos de bem-estar, aumento de energia e melhoria geral na qualidade de vida foram consistentes entre os participantes.
Os pesquisadores sugerem que os benefícios observados podem ser atribuídos a dois mecanismos principais. Primeiro, a eliminação de alimentos potencialmente desencadeadores de respostas imunes, como glúten e outros carboidratos complexos, reduz os fatores irritantes ao sistema digestivo. Segundo, o estado de cetose induzido pela dieta promove efeitos anti-inflamatórios e metabólicos por meio da produção de corpos cetônicos, como o beta-hidroxibutirato. Além disso, a ausência de fibras pode contribuir para aliviar a inflamação intestinal, refletindo resultados semelhantes a dietas líquidas sem fibras usadas clinicamente.
Apesar dos benefícios relatados, o estudo aponta algumas preocupações, como aumentos nos níveis de colesterol LDL em alguns pacientes, embora outros marcadores metabólicos, como redução da inflamação e melhora no peso corporal, tenham apresentado resultados positivos. Essa variação demonstra a necessidade de acompanhamento médico cuidadoso e individualizado ao adotar essa abordagem.
Os autores reconhecem as limitações do estudo, como o pequeno número de casos e o viés de seleção, já que apenas pacientes que responderam positivamente à dieta foram incluídos. Ainda assim, os resultados reforçam o potencial terapêutico de dietas cetogênicas e carnívoras no tratamento de DII, especialmente para pacientes que não encontram alívio com intervenções tradicionais.
Conclui-se que, embora promissora, essa estratégia alimentar demanda mais pesquisas rigorosas, como ensaios clínicos randomizados, para avaliar sua eficácia e segurança a longo prazo. A combinação de relatos clínicos e plausibilidade biológica abre um campo promissor para tratamentos alternativos e personalizados na gestão de DII.
Fonte: https://bit.ly/3WZQ8u4
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