Um ensaio clínico randomizado, aberto e controlado para avaliar uma dieta cetogênica em pacientes gravemente enfermos com sepse
Um estudo realizado em um hospital demonstrou que é possível induzir um estado estável de cetose por meio de uma dieta cetogênica em pacientes críticos com sepse. Reações adversas como refluxo e vômito foram observadas em ambos os grupos, principalmente nos primeiros dias. Apesar das graves comorbidades, foi possível alcançar os objetivos calóricos. A dieta cetogênica não afetou negativamente os parâmetros laboratoriais gerais, especialmente os do metabolismo lipídico. Análises imunológicas sugeriram uma diminuição na disfunção imunológica com a dieta cetogênica.
O estudo indicou uma recuperação melhor da disfunção de órgãos relacionada à sepse no grupo que recebeu a dieta cetogênica, mas isso precisa ser avaliado em estudos maiores. A disfunção imunológica é uma característica marcante da sepse, e a ingestão elevada de carboidratos pode aumentar a inflamação e prejudicar a defesa imunológica. Alternativas como a dieta cetogênica, que reduz a inflamação e fortalece a imunidade, são promissoras.
Comparado a um estudo piloto anterior, este estudo conseguiu manter níveis estáveis de cetose nos pacientes, semelhantes aos de pessoas saudáveis. A dieta cetogênica melhorou o metabolismo da glicose e insulina. Análises detalhadas mostraram que a dieta cetogênica pode reduzir a ativação e sinalização das células T e a produção de citocinas inflamatórias, além de aumentar marcadores anti-inflamatórios.
Embora os resultados sejam consistentes com estudos anteriores sobre os efeitos imunológicos da dieta cetogênica, o estudo tem limitações. Foram analisados apenas um número limitado de pacientes, e são necessários estudos maiores para avaliar os efeitos da dieta cetogênica nos resultados clínicos da sepse.
Em resumo, a dieta cetogênica é uma opção viável e segura para pacientes críticos com sepse e pode ajudar a combater a disfunção imunológica associada à doença. No entanto, estudos maiores são necessários para confirmar esses achados e avaliar os efeitos clínicos em larga escala.
Fonte: https://bit.ly/3zFuban
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