A taurina reduz o risco de síndrome metabólica: uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados
A síndrome metabólica (SM) é um conjunto de fatores de risco interconectados que aumentam significativamente a probabilidade de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. A taurina emergiu como um potencial agente terapêutico para a SM. Esta meta-análise de ensaios clínicos randomizados (ECR) teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de taurina nos parâmetros relacionados à SM.
Métodos: Realizaram pesquisas eletrônicas em bancos de dados como Embase, PubMed, Web of Science, Cochrane CENTRAL e ClinicalTrials.gov, abrangendo publicações até 1º de dezembro de 2023. A análise se concentrou em critérios diagnósticos de SM estabelecidos, incluindo pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), glicemia de jejum (FBG), triglicerídeos (TG) e colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-C). A meta-regressão explorou potenciais relações dependentes da dose com base na dose total de taurina administrada durante o período de tratamento. Também avaliaram desfechos secundários como composição corporal, perfil lipídico e controle glicêmico.
Resultados: A análise incluiu 1.024 participantes de 25 ECRs. A dosagem diária de taurina nos estudos variou de 0,5 g/dia a 6 g/dia, com períodos de acompanhamento variando entre 5 e 365 dias. Em comparação com os grupos de controle, a suplementação de taurina demonstrou reduções estatisticamente significativas na PAS (diferença média ponderada [DMP] = −3,999 mmHg, intervalo de confiança [IC] de 95% = −7,293 a −0,706, p = 0,017), PAD (DMP = −1,509 mmHg, IC 95% = −2,479 a −0,539, p = 0,002), FBG (DMP: −5,882 mg/dL, IC 95%: −10,747 a −1,018, p = 0,018), TG (DMP: −18,315 mg/ dL, IC 95%: −25,628 a −11,002, p < 0,001), mas não em HDL-C (DMP: 0,644 mg/dl, IC 95%: −0,244 a 1,532, p = 0,155). A análise de meta-regressão revelou uma redução dose-dependente na PAD (coeficiente = −0,0108 mmHg por g, p = 0,0297) e FBG (coeficiente = −0,0445 mg/dL por g, p = 0,0273). Nenhum efeito adverso significativo foi observado em comparação ao grupo controle.
Conclusão: A suplementação de taurina exibe efeitos positivos em vários fatores relacionados à SM, tornando-a uma adição potencial à dieta para indivíduos em risco ou que já apresentam SM. Pesquisas futuras podem explorar estratégias de otimização de dose e potenciais benefícios de longo prazo da taurina para o manejo da SM.
Fonte: https://go.nature.com/4bTkwL1
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