Efeitos neuroprotetores do jejum intermitente no cérebro envelhecido

Antecedentes: Um importante fator de risco para doenças neurodegenerativas é a velhice. Intervenções nutricionais que retardam o envelhecimento, como a restrição calórica (RC) e o jejum intermitente (JI), bem como produtos farmacêuticos que afetam as vias que ligam a nutrição e os processos de envelhecimento, foram desenvolvidas nas últimas décadas e demonstraram aliviar os efeitos do envelhecimento no cérebro.

Resumo: A RC é realizada alternando períodos de alimentação ad libitum e jejum. Em modelos animais, foi demonstrado que o JI aumenta a esperança de vida e retarda a progressão e gravidade de patologias relacionadas com a idade, como doenças cardiovasculares e neurodegenerativas e câncer. De acordo com pesquisas recentes, mudanças na dieta podem ajudar os idosos com demência a manter a função cerebral. No entanto, os mecanismos subjacentes ao efeito neuroprotetor do JI no cérebro envelhecido e questões relacionadas nesta área de estudo (isto é, o potencial do JI para tratar doenças neurodegenerativas) continuam a ser examinados.

Mensagens-chave: Esta revisão aborda a hipótese de que o JI pode ter potencial de tradução na proteção do cérebro envelhecido, ao mesmo tempo que resume a pesquisa que apoia os supostos mecanismos neuroprotetores do JI em modelos animais. Além disso, dada a compreensão emergente da ligação entre envelhecimento e demência, as investigações podem oferecer uma nova perspectiva sobre o uso de intervenções dietéticas para melhorar a função cerebral e prevenir a demência em indivíduos idosos. Finalmente, a ausência de diretrizes relativas à aplicação do JI em pacientes dificulta a sua ampla utilização na prática clínica, e mais estudos são necessários para melhorar o nosso conhecimento sobre os efeitos a longo prazo do JI na demência antes que possa ser amplamente prescrito. Concluindo, o JI pode ser uma intervenção auxiliar na preservação da memória e da cognição em idosos.

Fonte: https://bit.ly/3U9te0F