A carga econômica projetada de doenças não transmissíveis atribuíveis ao excesso de peso no Brasil até 2030


Objetivos:
A prevalência do excesso de peso aumenta o risco de diversas doenças não transmissíveis (DNTs) e, consequentemente, os custos dos sistemas de saúde. Neste estudo, objetivaram projetar a carga econômica das DNTs atribuíveis ao excesso de peso no Brasil entre 2021 e 2030.

Métodos: Uma simulação de coorte de adultos (17–117 anos) usando modelagem de tabelas de vida multiestado foi usada para estimar os custos das DNTs atribuíveis ao excesso de peso no Brasil. As projeções dos custos diretos de saúde (despesas ambulatoriais e de internação no Sistema Único de Saúde) e dos custos indiretos (anos de vida produtiva perdidos) consideraram diferentes trajetórias de prevalência de excesso de peso entre 2021 e 2030.

Resultados: Em 2019, a prevalência de excesso de peso era de 55,4% na população adulta brasileira. Estimaram que cerca de 1,8 bilhão de dólares internacionais (Int$) seriam gastos no custo direto dos cuidados de saúde das DNTs entre 2021 e 2030, através do aumento contínuo da prevalência do excesso de peso observado entre 2006 e 2020. Os custos indiretos ao longo do mesmo período seriam aproximadamente 20,1 bilhões de dólares internacionais. Estimaram que reduzir para metade o aumento anual da inclinação do índice de massa corporal desde o início de 2021 até 2030 pouparia 20,2 milhões de dólares em custos diretos e indiretos até 2030. No cenário de manter constante a prevalência de excesso de peso observada em 2019 até 2030, a poupança seria de 40,8 milhões de dólares internacionais. Finalmente, no cenário de redução de 6,7% na prevalência de excesso de peso observada em 2019 (a ser alcançada gradualmente até 2030), seriam poupados 74,1 milhões de Int$.

Conclusões: Esses resultados destacam a elevada carga econômica do excesso de peso na população adulta brasileira.

Fonte: https://bit.ly/3Qu7ZoY

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