Entre disbiose, ativação imunológica materna e autismo: existe um caminho comum?
O transtorno do espectro do autismo (TEA) é uma condição neuropsiquiátrica caracterizada por interações sociais prejudicadas e comportamentos estereotipados repetitivos. Evidências crescentes destacam um papel importante do eixo intestino-cérebro-microbioma na patogênese do TEA. A investigação indica uma composição anormal do microbioma intestinal e o potencial envolvimento de moléculas bacterianas na neuroinflamação e perturbações no desenvolvimento do cérebro. Ao mesmo tempo, a atenção é direcionada para o papel dos ácidos graxos de cadeia curta (SCFAs) e da rigidez intestinal prejudicada. Esta revisão abrangente enfatiza o impacto potencial das alterações da microbiota intestinal materna no desenvolvimento do autismo em crianças, especialmente considerando a ativação imunológica materna (MIA). O artigo a seguir avalia o impacto da via de parto na colonização da criança por bactérias nas primeiras semanas de vida. Além disso, explora o papel das citocinas pró-inflamatórias, como IL-6 e IL-17a, e a obesidade materna como fatores potencialmente ambientais do TEA. O objetivo desta revisão é avançar na nossa compreensão da patogênese do TEA, ao mesmo tempo em que procuramos as implicações positivas das terapias mais recentes, como probióticos, prebióticos ou transplante de microbiota fecal, visando a microbiota intestinal e reduzindo a inflamação. Esta revisão tem como objetivo fornecer informações valiosas que possam orientar futuros estudos e tratamentos para indivíduos afetados pelo TEA.
Fonte: https://bit.ly/4bIOPoi
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