Associação da ingestão diária de carboidratos com tecido adiposo intermuscular em indivíduos coreanos com obesidade: um estudo transversal

A prevalência da obesidade, uma pandemia mundial, tem aumentado constantemente na Coreia. Relatórios demonstraram que o aumento do tecido adiposo intermuscular (intermuscular adipose tissue IMAT) está associado a um risco aumentado de doenças cardiovasculares, independente do índice de massa corporal. No entanto, a relação entre a ingestão alimentar e o acúmulo de IMAT na população coreana permanece indeterminada. O objetivo deste estudo foi avaliar compartimentos regionais de gordura utilizando técnicas avançadas de ressonância magnética (RM). Também pretenderam investigar a associação entre as quantidades de IMAT e a ingestão alimentar, incluindo a ingestão de carboidratos, entre indivíduos coreanos com obesidade.

MÉTODOS: Este estudo transversal, realizado em um centro médico na Coreia do Sul, recrutou 35 indivíduos com obesidade (15 homens e 20 mulheres) e os classificou em 2 grupos de acordo com o sexo. A antropometria foi realizada e a distribuição da gordura corporal foi medida por meio de ressonância magnética. Parâmetros sanguíneos, incluindo perfis glicêmicos e lipídicos, foram analisados utilizando kits comerciais. A análise de regressão linear foi utilizada para testar se o IMAT estava associado à ingestão diária de carboidratos.

RESULTADOS: A ingestão de carboidratos foi positivamente associada ao IMAT em todos os indivíduos, com ajustes para idade, sexo, altura e peso. Não foram encontradas diferenças significativas nos indicadores sanguíneos entre os sexos.

CONCLUSÕES: Independentemente do sexo e da idade, a maior ingestão de carboidratos foi fortemente correlacionada com maior acúmulo de IMAT. Isto sugere a necessidade de compreender melhor as diferenças sexuais e os padrões de dieta rica em carboidratos em relação à associação entre obesidade e risco metabólico, o que pode ajudar a reduzir a prevalência da obesidade.

Fonte: https://bit.ly/3SZyjct