A associação entre consumo de carnes vermelhas e processadas com síndrome metabólica e seus componentes em mulheres obesas e com sobrepeso


Objetivos:
Estudos anteriores mostraram relação entre o consumo de diferentes tipos de carnes e doenças crônicas. Este estudo tem como objetivo investigar a associação entre o consumo de carne vermelha e processada com a síndrome metabólica (SM) e seus componentes em mulheres saudáveis obesas e com sobrepeso.

Métodos: Este estudo transversal foi realizado em mulheres iranianas. A avaliação dietética e a composição corporal foram medidas por meio de questionário de frequência alimentar (QFA) validado e análise de impedância bioelétrica, respectivamente. Amostras de sangue foram coletadas por protocolos padrão.

Resultados: Um total de 231 mulheres (idade média 36,47 ± 8,44 anos) foram incluídas no presente estudo. Depois de controlar possíveis fatores de confusão, houve associações marginalmente significativas entre maior consumo de carne processada com SM (OR: 1,01, IC 95%: 0,94,2,94, P: 0,06) e níveis elevados de triglicerídeos séricos (TG) (OR: 1,27, IC 95%: 0,94;2,98, P:0,07). Houve associações significativas entre o alto consumo de carnes vermelhas com menores chances de maior circunferência da cintura (CC) (OR: 0,31, IC 95%: 0,10,0,97, P: 0,04). Além disso, foram encontradas associações significativas entre o alto consumo de carnes processadas com maiores chances de ter menor colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-c) (OR: 0,64, IC 95%: 0,30,0,95, P: 0,03).

Conclusões: O presente estudo sugere que o consumo mais elevado de carne processada pode estar associado à SM em mulheres iranianas com excesso de peso corporal, enquanto este não foi o caso da carne vermelha. Mais estudos, no entanto, são necessários em diferentes comunidades para tirar conclusões definitivas.

Fonte: https://bit.ly/3uoljUh

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