Efeitos potenciais dos medicamentos mais prescritos no eixo microbiota-intestino-cérebro: uma revisão
Destaques
- Medicamentos prescritos diariamente (metformina, estatinas, IBPs, AINEs podem causar disbiose).
- Esses medicamentos podem melhorar ou neutralizar a disbiose uns dos outros.
- A disbiose induzida por medicamentos pode influenciar doenças cerebrais através da MGBA.
- A influência pode ser através de diferentes metabólitos produzidos ou modificados por bactérias.
- Idosos com polimedicação podem ser os mais afetados pela disbiose induzida por medicamentos.
Abstrato
A ligação entre a disbiose induzida por medicamentos e a sua influência nas doenças cerebrais através de bactérias residentes no intestino e dos seus metabolitos, denominada eixo microbiota-intestino-cérebro (microbiota-gut-brain axis MGBA), permanece largamente inexplorada. Esta revisão investiga os efeitos de medicamentos comumente prescritos (metformina, estatinas, inibidores da bomba de prótons, AINEs e antidepressivos) na microbiota intestinal, comparando os resultados com populações bacterianas alteradas nas principais doenças cerebrais (depressão, esclerose múltipla, Parkinson e Alzheimer). O relatório visa explorar se os medicamentos podem influenciar o desenvolvimento e a progressão de doenças cerebrais através do MGBA. Achados centrais indicam que todos os medicamentos explorados induzem disbiose. Esses padrões de disbiose foram associados a distúrbios cerebrais. A influência nas doenças cerebrais variou entre os diferentes táxons bacterianos, possivelmente mediada por efeitos diretos ou através de metabólitos bacterianos. Cada droga induziu alterações positivas e negativas na abundância de bactérias, indicando um efeito de contrapeso. Além disso, os medicamentos acima mencionados exibiram efeitos semelhantes, sugerindo que podem neutralizar ou aumentar os efeitos uns dos outros nas doenças cerebrais quando tomados em conjunto por pacientes com comorbilidades. Em conclusão, a interação de espécies bacterianas e a sua abundância pode ter um impacto maior nas doenças cerebrais do que medicamentos individuais ou estirpes bacterianas. São necessárias pesquisas futuras para compreender melhor a disbiose induzida por medicamentos e as implicações na patogênese das doenças cerebrais, com potencial para desenvolver opções terapêuticas mais eficazes para pacientes com doenças relacionadas ao cérebro.
Fonte: https://bit.ly/3U7hWLH
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