Estratégias nutricionais baseadas em proteínas para controlar o desenvolvimento do diabetes: evidências e desafios em estudos em humanos


O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma das doenças mais prevalentes na sociedade moderna, regida por fatores genéticos e ambientais, como hábitos nutricionais. Esse distúrbio metabólico é caracterizado pela resistência à insulina, que está relacionada aos níveis elevados de glicose no sangue, implicando em efeitos negativos à saúde do ser humano, dificultando o envelhecimento saudável das pessoas. A relação entre alimentação e saúde é clara, e a ingestão de nutrientes específicos modula alguns processos fisiológicos, implicando potencialmente alterações biologicamente relevantes, que podem traduzir-se num benefício para a saúde. Esta revisão tem como objetivo resumir os estudos humanos publicados nos quais o objetivo foi investigar o efeito da ingestão de proteínas (no estado nativo ou como hidrolisados) no metabolismo humano. No geral, vários estudos mostraram como a ingestão de proteínas pode induzir uma diminuição da concentração de glicose no estado pós-prandial (área sob a curva), embora seja altamente dependente da fonte e da dose. Outros estudos não mostraram efeitos biológicos no consumo de proteínas, principalmente com produtos derivados de peixe. Além disso, são destacados os principais desafios e perspectivas neste campo de investigação, sugerindo as direções futuras nas quais os cientistas devem focar. Foi comprovado que a ingestão dietética de proteínas provavelmente exerce um efeito benéfico nos parâmetros relacionados ao diabetes, o que pode ter uma relevância biológica na prevenção e no pré-tratamento do diabetes. No entanto, o número de estudos humanos bem concebidos realizados até à data para demonstrar os efeitos de proteínas específicas ou hidrolisados ​​de proteínas in vivo ainda é escasso.

Fonte: https://rsc.li/479QqAL

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