Correlação entre a exposição diária ao alumínio e o risco de câncer de mama: uma revisão sistemática

Dados epidemiológicos indicam que o papel dos fatores ambientais na incidência do câncer de mama (CM) permanece indeterminado. Suspeita-se que nossa exposição diária ao alumínio (Al) influencie o desenvolvimento do CM. Esta revisão propõe um estado da arte sobre a associação entre risco Al e CM combinado com um ponto de vista crítico sobre o assunto.

Métodos: Pesquisaram o banco de dados PubMed usando termos relacionados a Al e CM até 18 de novembro de 2022. Os relatórios eram elegíveis se fossem estudos de coorte ou caso-controle ou meta-análises.

Descobertas: Seis estudos focaram na relação entre o uso de desodorantes e antitranspirantes e a incidência de CM e não produziram resultados consistentes. Entre os 13 estudos que relacionam o teor de Al nos tecidos mamários e o risco de CM, os resultados não são unânimes para validar o teor mais elevado de Al nos tecidos tumorais em comparação aos saudáveis. Detalharam parâmetros que poderiam explicar essa conclusão: a ausência de ajustes estatísticos nos fatores de risco de CM nos estudos, a confusão entre os termos desodorante e antitranspirante, a não avaliação da exposição global ao Al e o foco no Al nos tecidos mamários enquanto um perfil de vários metais parece mais apropriado. Os estudos clínicos são retrospectivos. Eles foram realizados em pequenas coortes e sem um longo acompanhamento. Por outro lado, estudos em linhagens celulares têm demonstrado o potencial carcinogênico do alumínio. Além disso, os estudos consideraram o CM como um grupo único, enquanto o CM é uma doença heterogênea com múltiplos subtipos tumorais determinando a agressividade do tumor.

Conclusão: À luz do princípio da precaução e com base nos dados obtidos, é melhor evitar antitranspirantes que contenham Al. Desodorantes sem alumínio não estão implicados no câncer de mama, seja clínica ou fundamentalmente.

Fonte: https://bit.ly/42XsKgp

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