Uma dieta baseada em vegetais é eficaz para manter um bom estado psicoafetivo na velhice?
A depressão é comum entre os idosos, resultando em baixa qualidade de vida e gastos elevados com saúde. Entre outros fatores, os hábitos alimentares também podem afetar essa condição, embora os padrões alimentares específicos envolvidos ainda precisem ser estabelecidos. O presente estudo teve como objetivo avaliar o papel do consumo de alimentos predominantemente vegetais versus animais no estado afetivo de nonagenários de uma população da Sardenha, Itália, conhecida por sua longevidade (Zona Azul).
Métodos: Dados, incluindo dados demográficos, escolaridade, parâmetros antropométricos, renda mensal e comorbidade foram registrados e analisados. A depressão sintomática foi avaliada usando a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) durante uma avaliação geriátrica domiciliar abrangente; o estado nutricional foi avaliado por um questionário de frequência alimentar validado.
Resultados: Um total de 200 idosos residentes na Zona Azul da Sardenha (média de idade 93,9 ± 3,9 anos) participaram do estudo; a depressão sintomática esteve presente em 51% de toda a coorte e foi mais comum entre as mulheres. A regressão logística multivariada mostrou um risco significativamente maior de depressão em pessoas que consomem alimentos à base de plantas (OR = 1,42, 95% CI 1,04–1,93), enquanto o consumo moderado de alimentos derivados de animais foi associado a um melhor estado afetivo (OR = 0,79, 95% CI 0,62–0,98).
Conclusões: Esses achados indicam que uma dieta mais balanceada, incluindo alimentos de origem animal, em vez de uma dieta predominantemente vegetal, pode ser mais apropriada em idosos, e a abstinência de ingestão de alimentos de origem animal não deve ser recomendada em idade avançada para prevenir a depressão.
Fonte: https://bit.ly/40Pt1Sp
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