Efeitos do jejum intermitente na saúde cognitiva e na doença de Alzheimer


Contexto: Os efeitos benéficos da restrição calórica foram documentados em animais e humanos. A diminuição do dano do estresse oxidativo e as respostas inflamatórias atenuadas estão associadas ao jejum intermitente. Essas mudanças têm um impacto favorável no endotélio vascular e na adaptação celular induzida pelo estresse.

Objetivo:
A restrição calórica pelo jejum intermitente produz diversas alterações metabólicas, como aumento da sensibilidade à insulina e utilização de corpos cetônicos como fonte de energia. Em humanos, o jejum intermitente foi estudado em hipertensão, diabetes e condições relacionadas, mas, até o momento, não como uma estratégia para reduzir o risco de demência emergente. Nesta revisão de escopo, é explorada a relevância do jejum intermitente como uma intervenção preventiva potencial para a demência de Alzheimer.

Resultados:
As alterações fisiológicas associadas ao jejum têm profundas implicações nos mecanismos patológicos associados às demências, particularmente a doença de Alzheimer. Em comparação com a alimentação ad libitum, a restrição calórica em animais foi associada a uma redução no acúmulo de β-amiloide, que é o marcador patológico cardinal da doença de Alzheimer. Estudos em animais demonstraram adaptações sinápticas no hipocampo e função cognitiva aprimorada após o jejum, consistente com essas estruturas teóricas. Além disso, a disfunção vascular desempenha um papel crucial na patologia da doença de Alzheimer, e o jejum intermitente promove a saúde vascular.

Conclusões: Essas observações levam a uma hipótese de que o jejum intermitente ao longo dos anos potencialmente reverterá ou retardará o processo patológico na doença de Alzheimer.

Fonte: https://bit.ly/3KDYNeb

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