Efeitos da terapia com estatina no controle glicêmico e resistência à insulina: uma revisão sistemática e metanálise
Objetivo: Atualizar as evidências sobre o efeito diabetogênico das estatinas.
Métodos: Procuraram estudos controlados randomizados relatando os efeitos da terapia com estatina na hemoglobina glicosilada (HbA1c) e/ou modelo homeostático de resistência à insulina (isto é, HOMA-IR) como índices de diabetes. Os estudos foram classificados entre aqueles com teste normal versus indivíduos com controle glicêmico já alterado (HbA1c≥6,5%; e HOMA-IR≥2,15). Além disso, os estudos foram separados por tipo de estatina e dosagem prescrita. Os dados são apresentados como diferença média (MD) e intervalos de confiança de 95%.
Resultados: Um total de 67 estudos foram incluídos na análise (>25.000 indivíduos). Em indivíduos com controle glicêmico alterado, as estatinas aumentaram os níveis de HbA1c (MD 0,21%, IC 95% 0,16 a 0,25) e índice HOMA-IR (MD 0,31, IC 95% 0,24 a 0,38). Em indivíduos com controle glicêmico normal, a estatina aumentou HbA1c (MD 1,33%, IC 95% 1,31 a 1,35) e HOMA-IR (MD 0,49, IC 95% 0,41 a 0,58) em comparação com os grupos placebo. A dose ou tipo de estatina não modulou o efeito diabetogênico.
Conclusões: As estatinas aumentam leve, mas significativamente, os índices de diabetes em indivíduos com controle glicêmico adequado ou alterado. O efeito diabetogênico não parece ser influenciado pelo tipo ou dosagem de estatina prescrita.
Fonte: https://bit.ly/3nub8d2
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