Força muscular e risco de diabetes: Um estudo de coorte prospectivo com análise de mediação.

Destaques

• A força muscular cumulativa foi associada com baixo risco de diabetes em adultos idosos.
• A pressão arterial sistólica acumulada em vez da diastólica mediou essas associações.
• Força de preensão cumulativa relacionada à saúde cardiometabólica favorável no acompanhamento.
• A ênfase na exposição a longo prazo à força muscular para o bem-estar da saúde é desejável.

Objetivo: Estudos anteriores avaliando a associação da força muscular com o risco de diabetes raramente contabilizaram a exposição cumulativa ao longo do tempo. Este estudo examinou a associação da força muscular cumulativa em 4 anos com o risco de diabetes em adultos de meia-idade e idosos.

Métodos: Incluíram participantes sem diabetes, que tiveram 3 medidas repetidas de força muscular, que foi avaliada pela força de preensão (normalizada pelo peso corporal) e tempo de levantar da cadeira, ao longo de 4 anos. A força muscular cumulativa foi calculada com base na regra do trapézio. Análise de regressão logística e análise de mediação para pressão arterial cumulativa foram realizadas.

Resultados: Incluíram 3.731 e 3.799 participantes com dados sobre força de preensão cumulativa e tempo cumulativo de levantar da cadeira, respectivamente. As chances de diabetes foram gradualmente reduzidas com incrementos na força de preensão cumulativa ou decréscimos no tempo cumulativo de levantar da cadeira, com a razão de chances correspondente sendo 0,79 e 0,89 por mudança de 1 desvio padrão após ajuste multivariável. A pressão arterial sistólica cumulativa mediou 10,8% e 14,2% das associações de diabetes com força de preensão cumulativa e tempo cumulativo de levantar da cadeira, respectivamente. A força de preensão cumulativa também se correlacionou inversamente com a pressão arterial, glicemia e inflamação.

Conclusões: Maior força muscular cumulativa foi associada a menor risco de diabetes e melhor saúde cardiometabólica em adultos chineses de meia-idade e idosos.

Fonte: https://bit.ly/3XbGJMC