Ingestão materna de proteínas no início da gravidez e desenvolvimento infantil aos 3 anos de idade.


O presente estudo teve como objetivo avaliar a associação entre a baixa ingestão materna de proteínas durante a gravidez e o atraso no desenvolvimento infantil aos 3 anos de idade.

Métodos: Esta pesquisa usou dados obtidos do Japan Environment and Children's Study. No total, analisaram 77.237 pares mãe-filho. A ingestão alimentar foi avaliada por meio do Questionário de Frequência Alimentar. Os resultados do desenvolvimento aos 3 anos de idade foram avaliados com a versão japonesa do Ages and Stages Questionnaire, Third Edition. Uma análise de regressão logística multivariada foi realizada para avaliar a associação entre a ingestão de proteína materna durante a gravidez e atrasos no desenvolvimento infantil aos 3 anos de idade.

Resultados: Com base na proporção de ingestão de proteína para energia total durante o início da gravidez, as participantes foram categorizadas em três grupos: <9,39% (>2 desvio padrão abaixo da média), o grupo de proteína severamente baixa (PSB); 9,39–<13%, o grupo de baixa proteína; e ≥13%, o grupo de proteínas normais. Após o ajuste para potenciais fatores de confusão, verificou-se que a ingestão de PSB estava significativamente correlacionada com um maior risco de atraso no desenvolvimento de acordo com os domínios de comunicação, motor fino e habilidades de resolução de problemas.

Conclusões: A ingestão de PSB causada por dieta inadequada durante o início da gravidez foi associada a um maior risco de atraso no desenvolvimento infantil aos 3 anos de idade.

Impacto

  • Estudos em animais mostraram que a restrição de proteína materna durante a gravidez e lactação causa desenvolvimento cerebral anormal entre os filhos.
  • Os estudos de coorte de nascimento até o momento não avaliaram os efeitos da exposição materna a baixa proteína durante a gravidez no desenvolvimento infantil.
  • A ingestão severamente baixa de proteínas durante o início da gravidez foi associada a um maior risco de atraso no desenvolvimento infantil aos 3 anos de idade.
  • Uma vez que o desequilíbrio nutricional no início da gravidez afeta não apenas o crescimento fetal, mas também o neurodesenvolvimento pós-natal, o manejo nutricional antes da gravidez é considerado importante.


Fonte: https://go.nature.com/3ZJcnDR

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