Brasil: mais cultivo, mais agrotóxicos, mais exportações.
Atlas de Pesticidas 2022 Como um dos maiores importadores de agroquímicos e exportadores de produtos agrícolas do mundo, o Brasil bate recorde de consumo de pesticidas. Uma parte significativa dos pesticidas usados lá é produzida na União Europeia – e altamente perigosa.
Cerca de 14% do volume total de agrotóxicos exportados pela União Europeia para os países do Mercosul – bloco comercial sul-americano com os membros plenos Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai – é composto por substâncias proibidas ou nunca autorizadas na própria União Europeia. Embora sejam produzidos e vendidos por empresas sediadas nesses países. Entre os dez agrotóxicos mais usados no Brasil, quatro perderam a autorização na União Europeia: atrazina, acefato, clorotalonil e clorpirifós. Em 2020, 33.300 toneladas de atrazina, 29.900 toneladas de acefato, 24.100 toneladas de clorotalonil e 8.800 toneladas de clorpirifós foram vendidas no Brasil, também por meio de empresas sediadas na UE.
A União Europeia é um importante parceiro comercial do Mercosul. Os dois blocos comerciais chegaram a um acordo sobre um acordo de livre comércio em 2019. Antes de entrar em vigor, requer a aprovação do Parlamento Europeu e dos parlamentos nacionais dos 27 Estados-Membros da UE e dos países do Mercosul. O acordo aumentaria amplamente as tarifas e aumentaria as cotas de importação. As preocupações com os impactos ambientais e sociais estavam entre as questões controversas que levaram a mais de 20 anos de negociações comerciais entre ambas as partes.
Se o acordo comercial UE-Mercosul for ratificado, as tarifas sobre agroquímicos serão reduzidas em até 90%, provavelmente levando a um aumento na exportação de pesticidas perigosos da UE para os países do Mercosul. Espera-se também que o acordo impulsione as exportações de safras e produtos derivados, incluindo soja, cana-de-açúcar e etanol derivado da cana-de-açúcar – que dependem fortemente de pesticidas. O acordo também deve aumentar as exportações de produtos à base de carne, como aves, que dependem de ração à base de soja, levando ainda mais ao uso de pesticidas. O Brasil é o maior exportador mundial de soja, carne bovina, frango e cana-de-açúcar, além de ser o segundo maior exportador mundial de grãos. Esse papel no mercado global como exportador de commodities e biocombustíveis também levou ao desmatamento, destruição da biodiversidade, violação dos direitos indígenas – e também aumento do uso de agrotóxicos. A quantidade total de pesticidas consumidos pelo Brasil em 2010 foi de 384.501 toneladas e o volume aumentou ano após ano, até chegar a 685.745 toneladas em 2020, com um valor de até 28 bilhões de euros.
Cerca de metade desse volume total de defensivos vendidos no Brasil é destinado à soja; juntamente com a cana-de-açúcar, o milho e o algodão, essas culturas constituem 82% do uso comercial de pesticidas no país. Os aumentos anteriores no uso de pesticidas devem-se principalmente ao aumento das áreas cultivadas usadas para produzir ração animal e à produção de etanol – também impulsionado pela demanda da UE.
A área cultivada com cana-de-açúcar aumentou entre 2010 e 2019, passando de 9 milhões de hectares para 10 milhões de hectares. A área cultivada com milho aumentou 38 por cento entre 2010 e 2019, passando de 13 para 18 milhões de hectares – e a área cultivada com soja aumentou 56 por cento no mesmo período. Para a soja, a área cultivada já cobre uma área que equivale ao território da Alemanha.
O aumento do uso de agrotóxicos no Brasil anda de mãos dadas com o aumento das áreas cultivadas com organismos geneticamente modificados. Atualmente, 92% da soja, 87% do milho e 94% do algodão cultivados no Brasil são culturas geneticamente modificadas. O uso dessas substâncias tem impactos severos na saúde da população brasileira: Entre 2010 e 2019, 56.870 pessoas foram intoxicadas por agrotóxicos no Brasil, o que representa uma média de 5.687 casos por ano, ou 15 pessoas diariamente. No entanto, o próprio Ministério da Saúde no Brasil admite que o número de casos não notificados é alto e que, consequentemente, o número total real de pessoas intoxicadas é ainda maior.
A saúde das crianças e das mulheres é uma preocupação particular. Aproximadamente 15% da população intoxicada por agrotóxicos no país são crianças e jovens de 0 a 19 anos. Até bebês foram envenenados por pesticidas. Resíduos de pesticidas têm sido encontrados regularmente no leite materno.
Fonte: https://bit.ly/3GfZpFI
O glifosato é classificado pela OMS como provavelmente cancerígeno. É um dos defensivos mais vendidos no Brasil – foram quase 200 mil toneladas vendidas em 2018.
Cerca de 14% do volume total de agrotóxicos exportados pela União Europeia para os países do Mercosul – bloco comercial sul-americano com os membros plenos Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai – é composto por substâncias proibidas ou nunca autorizadas na própria União Europeia. Embora sejam produzidos e vendidos por empresas sediadas nesses países. Entre os dez agrotóxicos mais usados no Brasil, quatro perderam a autorização na União Europeia: atrazina, acefato, clorotalonil e clorpirifós. Em 2020, 33.300 toneladas de atrazina, 29.900 toneladas de acefato, 24.100 toneladas de clorotalonil e 8.800 toneladas de clorpirifós foram vendidas no Brasil, também por meio de empresas sediadas na UE.
A União Europeia é um importante parceiro comercial do Mercosul. Os dois blocos comerciais chegaram a um acordo sobre um acordo de livre comércio em 2019. Antes de entrar em vigor, requer a aprovação do Parlamento Europeu e dos parlamentos nacionais dos 27 Estados-Membros da UE e dos países do Mercosul. O acordo aumentaria amplamente as tarifas e aumentaria as cotas de importação. As preocupações com os impactos ambientais e sociais estavam entre as questões controversas que levaram a mais de 20 anos de negociações comerciais entre ambas as partes.
Dados do Ministério da Saúde do Brasil mostram números elevados de intoxicações. O governo favorável à indústria e suas políticas de mudança de uso da terra são considerados uma das razões para o aumento do uso de pesticidas.
Cerca de metade desse volume total de defensivos vendidos no Brasil é destinado à soja; juntamente com a cana-de-açúcar, o milho e o algodão, essas culturas constituem 82% do uso comercial de pesticidas no país. Os aumentos anteriores no uso de pesticidas devem-se principalmente ao aumento das áreas cultivadas usadas para produzir ração animal e à produção de etanol – também impulsionado pela demanda da UE.
A área cultivada com cana-de-açúcar aumentou entre 2010 e 2019, passando de 9 milhões de hectares para 10 milhões de hectares. A área cultivada com milho aumentou 38 por cento entre 2010 e 2019, passando de 13 para 18 milhões de hectares – e a área cultivada com soja aumentou 56 por cento no mesmo período. Para a soja, a área cultivada já cobre uma área que equivale ao território da Alemanha.
Mais de noventa por cento dos testes detectaram a presença de pesticidas. As ONGs temem: Nos próximos anos, pode se tornar uma luta encontrar água potável livre de agroquímicos nas torneiras brasileiras.
O aumento do uso de agrotóxicos no Brasil anda de mãos dadas com o aumento das áreas cultivadas com organismos geneticamente modificados. Atualmente, 92% da soja, 87% do milho e 94% do algodão cultivados no Brasil são culturas geneticamente modificadas. O uso dessas substâncias tem impactos severos na saúde da população brasileira: Entre 2010 e 2019, 56.870 pessoas foram intoxicadas por agrotóxicos no Brasil, o que representa uma média de 5.687 casos por ano, ou 15 pessoas diariamente. No entanto, o próprio Ministério da Saúde no Brasil admite que o número de casos não notificados é alto e que, consequentemente, o número total real de pessoas intoxicadas é ainda maior.
A saúde das crianças e das mulheres é uma preocupação particular. Aproximadamente 15% da população intoxicada por agrotóxicos no país são crianças e jovens de 0 a 19 anos. Até bebês foram envenenados por pesticidas. Resíduos de pesticidas têm sido encontrados regularmente no leite materno.
Fonte: https://bit.ly/3GfZpFI
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